O cantor e compositor baiano Tierry está enfrentando um processo judicial movido por dois ex-funcionários, que juntos reivindicam mais de R$ 3 milhões em direitos trabalhistas, danos morais e alegações de doença ocupacional. As informações foram divulgadas pelo colunista Daniel Nascimento, do jornal O Dia.

Os ex-funcionários alegam que trabalharam com Tierry por vários anos sem qualquer formalização de contrato. Um dos reclamantes, Paulo Roberto Santos, técnico de áudio, afirma que sua experiência na equipe do cantor, onde atuou por seis anos, resultou em danos à sua saúde física. Ele alega ter perdido parte da audição devido à exposição contínua ao som alto durante os shows.

No processo, Paulo menciona que sua última remuneração foi de R$ 6 mil e solicita uma indenização de R$ 2,6 milhões por danos morais, materiais e trabalhistas. O segundo funcionário, Edvaldo Oliveira Cerqueira, músico que também trabalhou com Tierry, relata que recebia pagamentos “por fora” e nunca teve seu contrato formalizado, apesar de ter solicitado a regularização. Edvaldo indica que sua última remuneração foi de R$ 10,5 mil e busca na Justiça um valor de R$ 1,2 milhão.

Até o momento, Tierry não se pronunciou oficialmente sobre as alegações e o processo em questão. O caso levanta questões importantes sobre a formalização das relações de trabalho na indústria musical e os direitos dos profissionais envolvidos. Acompanhemos os desdobramentos dessa situação.