O Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou, durante o mês de agosto, onze pessoas em situação de trabalhos similares a escravidão na Bahia. Segundo o MPT, os resgatados estão entre empregadas domésticas, vigilantes e agricultores. Esta operação, Operação Resgate 3, ocorreu no mês de agosto em ação para o Dia Internacional para a Memória do Tráfico de Escravos e sua Abolição, instituído em 23 de agosto. 

A estatística de resgates na Bahia foi de: 

  • 1 empregada doméstica resgatada em uma residência em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia
  • 5 pessoas resgatadas em uma empresa em Cândido Sales, no sudoeste do estado, sendo que 3 trabalhavam na produção de carvão e 2 no plantio de mandioca
  • 5 vigilantes resgatados em uma empresa de segurança em Barra, no oeste da Bahia


Além dos casos deflagrados, houve a ocorrência de uma doméstica na Região Metropolitana de Salvador, que foi analisada pela MPT-BA mas não foi possível configurar o caso como “condição de degradação humana”.


De acordo com o MPT, os detalhes da operação não podem ser divulgados em respeito à negociação dos casos. Informações como por exemplo se houve falta do pagamento de salários, atividades sem assinatura da Carteira de Trabalho, além das condições de higiene e alimentação às quais os trabalhadores eram submetidos. 


O caso dos vigilantes, em especial, chamou a atenção dos agentes, pois os trabalhadores faziam a segurança de uma fazenda. Eles viviam no local e dormiam em barracas de lona, sem acesso à água potável. O MPT informou que em negociação com a empresa de vigilância e a fazenda para garantir o pagamento dos funcionários, incluindo as verbas rescisórias e indenizações. Até o momento, ninguém foi preso.