Em 2022, o setor de planos de saúde teve o pior resultado desde o início da série histórica elaborada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a partir de 2001. O prejuízo operacional acumulado em 12 meses foi de R$ 11,5 bilhões, o maior em mais de duas décadas. No entanto, abaixo dos R$ 15 bilhões estimados pelo mercado.

Entretanto, de acordo com o jornal O Globo, o saldo financeiro das contas dos planos de saúde ficou no “zero a zero”, já que o lucro líquido foi de R$ 2,5 milhões, que representa 0,001% das receitas de operações de saúde do setor no ano passado, de R$ 237,6 bilhões.

Ainda segundo a análise, o resultado financeiro foi de R$ 9,4 bilhões em 2022, já que o número no campo positivo, é reflexo do expressivo resultado financeiro obtido com o aumento das taxas de juros que remuneram os ativos garantidores e também as aplicações financeiras.

Vale lembrar que 43% das operadoras médico-hospitalares fecharam o ano com sado negativo e isso, naturalmente, aumenta a percepção de deterioração do resultado do setor, que chegou a ter um lucro recorde de R$ 18,7 bilhões em 2020, por causa da redução de procedimentos durante a pandemia, e de R$ 3,8 bilhões em 2021.