O vereador de Caixas do Sul, Sandro Fantinel (sem partido), pode responder por mais um crime. Isso porque o ministro da Justiça, Flávio Dino, encaminhou um pedido à Polícia Federal (PF) para que o edil seja investigado por acusar sem provas um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de cometer pedofilia.

No pedido, Dino pediu que o caso seja faça parte das investigações que apuram a disseminação de fake news e a organização de atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro, em Brasília.

“Um ministro do Supremo Tribunal Federal participou de uma orgia com crianças fora do Brasil. Como um cara desse vai permitir que sejam criadas leis mais severas para quem comete esse crime aqui dentro? A vergonha começa lá em cima”, disse o vereador em sessão na Câmara Municipal de Caxias do Sul, realizada no dia 17 de novembro do ano passado.

Esta não é a primeira vez que uma fala de Fantinel ganha repercussão nacional. Na última semana, o vereador emitiu falas xenófobas ao comentar sobre trabalhadores baianos encontrados submetidos a trabalho escravo em vinícolas gaúchas.

“Não contratem mais aquela gente lá de cima”, se referindo a trabalhadores vindos da Bahia. Além disso, disse que “a única cultura que os baianos têm é viver na praia tocando tambor”, disse o vereador, em sessão realizada na Câmara na última terça-feira (28).

Por conta da declaração, Fantinel responde a uma ação civil pública para que pague uma indenização de R$ 300 mil pelas falas. O edil ainda foi expulso do seu então partido, o Patriotas.