O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), após tomar conhecimento do ato ignorante do deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), que rasgou uma placa que fazia parte de uma exposição na Casa contra o genocídio da população negra, deu uma ‘lição’ no parlamentar no plenário da Casa. “Não é porque nós divergimos da posição da outra pessoa que nós devemos agredi-la verbalmente e fisicamente ou retirar de forma violenta, de uma exposição, uma peça que foi autorizada pela presidência da Câmara”, disse Maia.

E continuou: “Hoje aconteceu com uma exposição em relação à Consciência Negra, amanhã pode acontecer com aqueles que riram, aqui, achando que estão defendendo o Coronel Tadeu. E não estão. Então, eu peço a compreensão de todos, porque hoje não é um dia que marca de forma positiva a nossa Casa. Muito pelo contrário. Esse é um dia em que deveríamos defender a inclusão e a igualdade de oportunidades. E não agredindo um cartaz que pode, inclusive, ser injusto com parte da polícia, mas devemos ouvir com diálogo, nunca com agressão.”

A imagem destruída pelo pesselista mostrava um homem negro algemado e deitado no chão e um policial com a arma saindo fumaça, como se tivesse acabado de disparar. A “(Re)existir no Brasil: Trajetórias Negras Brasileiras” é uma exposição que homenageia ao Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira (20).

O ato racista de Coronel Tadeu foi classificado por Maia como “nervosismo”. O presidente da Casa pediu que a cena não se repetisse novamente. “Então espero que um ato como esse, certamente impensado em um momento de mais nervosismo do deputado, que isso não repita porque isso não é bom para uma Casa que pensa em representar a todos os brasileiros e não a parte deles”, concluiu.

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