O Brasil atingiu um número recorde de pessoas vivendo em condições de miséria em 2018. De acordo com dados da pesquisa “Síntese de Indicadores Sociais”, divulgada nesta quarta-feira (6) pelo IBGE, no ano passado, 13,5 milhões de brasileiros viviam com menos de R$ 145 por mês. O número é o maior da série histórica, iniciada em 2012.

Segundo a pesquisa, entre 2014 e 2018, 4,5 milhões de brasileiros passaram a viver em situação miserável por conta dos efeitos da crise econômica. O número é 50% maior do que o registrado há quatro anos.

Em 2014, 4,5% da população estavam na extrema pobreza. No ano passado, eram 6,5%.

O rendimento médio dessas pessoas foi de R$ 69 por mês. O valor é bem menor do que é definido pelo Banco Mundial para estabelecer o recorte de pobreza. Pelos critérios da instituição são considerados extremamente pobres quem vive com até com até US$ 1,90 por dia (o equivalente a aproximadamente R$ 145 por mês).

O número de pobres (que vivem com menos de US$ 5,50 por dia, pelos critérios do Banco Mundial), registrou queda de 1 milhão de pessoas no Brasil. Entretanto, as famílias em situação de pobreza ficaram mais pobres o que causou o aumento no número de miseráveis.

Ainda segundo os dados, a maioria das pessoas que vivem na extrema pobreza no país é pretas e pardas (75%), com idade até 59 anos (96%) e sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto (60%).

O Maranhão é o estado com maior número de pessoas em extrema pobreza (19%). Santa Catarina é a unidade da federação com menos pessoas nessa situação (1,4%).

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