A Lava Jato “fingiu” investigar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apenas para criar percepção pública de “imparcialidade”. Em novo trecho divulgado pelo site “The Intercept Brasil”, Moro e o procurador Deltan Dallagnol revela que o então magistrado discordou de investigações sobre FHC na Lava Jato porque, nas palavras dele, não queria “melindrar alguém cujo apoio é importante”.

Segundo a publicação, o diálogo ocorreu em 13 de abril de 2017, um dia depois do Jornal Nacional ter veiculado uma reportagem a respeito de suspeitas contra o tucano. Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat privado no Telegram para falar sobre o assunto.

Na conversa obtida pelo jornalismo do site, o juiz dos processos da Lava Jato queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. Deltan respondeu acreditar que a força-tarefa – por meio de seu braço em Brasília – propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o enviou ao Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, “talvez para [o MPF] passar recado de imparcialidade”

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