O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse em entrevista divulgada pelo site do jornal “O Estado de S. Paulo”, que o país precisa criar uma agenda de reformas, caso contrário vai “para o colapso”. Maia também avaliou a articulação política do Palácio do Planalto e falou sobre ter sido criticado nos protestos pró-Bolsonaro do último dia 26.

“Chegamos num ponto onde ou nós construímos essa agenda em conjunto ou vamos para o colapso. Vai entrar no colapso de ruptura das relações sociais. É nisso que vai chegar”, alertou Maia.

Inquirido a avaliar os cinco primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro, Maia disse: “Em cinco meses, o presidente está vendo que os desafios do Brasil são enormes e que todo mundo quer ajudar, cada um com seu ponto de vista. E que ele vai conseguir construir, como tem construído nas últimas semanas, por meio do Onyx (Lorenzoni, ministro da Casa Civil), o diálogo necessário para que as coisas possam avançar”.

Sobre ter sido mencionado e ofendido nos protestos pró-Bolsonaro do último dia 26, o presidente da Câmara se colocou como um salvador do governo.

“Acho que as manifestações são legítimas. O presidente teve apoio num grupo muito radical. Não é um grupo que fale com o meu eleitor, com os setores médios da sociedade. Agora, na hora em que vai o grupo mais próximo do presidente para a rua, e da forma com que ele se comunicou nos últimos meses, querendo transferir a responsabilidade para o Parlamento, o eleitor dele viu aquilo como necessário. Talvez de forma incoerente porque, modéstia à parte, se não fosse pelo meu trabalho, a Previdência estava ainda nas gavetas da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). O movimento ataca aqueles que têm salvado o governo”, afirmou.

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