Tal como Sérgio Moro, seu antecessor, a juíza federal Gabriela Hardt passou a ser alvo de críticas por parte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus advogados, os quais a acusam de agir com parcialidade. As afirmações do petista constam das alegações finais na ação penal na qual é acusado de supostas propinas envolvendo as obras do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia.

No documento de 1643 páginas, o ex-presidente nega ter recebido vantagens indevidas e afirma ser vítima de perseguição política. Um dos capítulos é dedicado somente ao ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, e seu aceite para integrar o governo Jair Bolsonaro (PSL).

A defesa também não poupou a substituta de Moro de acusações. Os dez advogados que assinam a peça afirmam que ‘não obstante a troca do órgão julgador’, Lula ‘permanece sendo processado de forma parcial e afrontosa a seus direitos e garantias individuais’.

“É dizer: Trocaram-se os personagens, permanece a postura inquisitória e autoritária em relação ao Defendente, o qual segue sendo tratado e visto como um verdadeiro inimigo, cujas fala e manifestação devem ser, ao máximo, limitadas”, sustentam, segundo o site do Estadão.

Os defensores ainda anexaram às alegações finais de Lula a foto da primeira dama Michele Bolsonaro vestindo uma camiseta com uma frase dita pela juíza ao ex-presidente, no início de seu último interrogatório: “Se começar nesse tom comigo, a gente vai ter problema”.

Os advogados afirmam que ‘não apenas a conduta da aludida julgadora foi absolutamente agressiva e padecente de razoabilidade com’ Lula –‘para não dizer incompatível com respeito que é devido à figura do ex-Presidente da República– alguns dias após o interrogatório, a midiática frase aqui proferida estampava a camiseta da esposa do antagonista político’ de Lula , ‘hoje primeira dama da República’.

“Aqui, em óbvio desdém ao ex-presidente e a todo o Judiciário”, argumentam.

O caso envolvendo o sítio representa a terceira denúncia contra Lula no âmbito da Operação Lava Jato.

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