Caciques dos principais partidos políticos na Bahia acompanham com atenção as implicações que a corrida eleitoral deste ano deve causar para arrumação das composições de chapas nos municípios em 2020.

O primeiro movimento claro nessa direção partiu do MDB, que terá candidato próprio para a prefeitura de Salvador, conforme antecipou o deputado Lúcio Vieira Lima em entrevista nesta quarta-feira (26), ao programa Se Liga Bocão. “O MDB vai ter candidato à prefeitura em Salvador”.

Segundo ele, a decisão independe da performance do correligionário João Santana na disputa pelo governo da Bahia. Na pesquisa Ibope divulgada pela TV Bahia nesta quarta, Santana aparece apenas com 1% das intenções de votos, margem não muito diferente mostrada em levantamentos anteriores do mesmo instituto.

“Se você fizesse candidatura pelo desempenho de eleição, o PHS não teria a prefeitura em Belo Horizonte. Desempenho é coisa momentânea […] cada eleição é uma. Nessa eleição tem a influência nacional. A eleição municipal é desgarrada. Veja o exemplo de ACM Neto [em 2012], vieram aqui disseram para não votar nele, mas ele ganhou”.

Por outro, Lúcio Vieira Lima afirmou que o PT virá “mais forte e com vontade” na disputa pela prefeitura de Salvador em 2020, caso o governador Rui Costa (PT) consiga reeleição com a margem indicada nas pesquisas. No Ibope desta quarta, o petista apareceu com 61% das intenções de voto, seguido por Zé Ronaldo (DEM), com 10%.

“Em política fazer suposição é complicado, prefiro esperar. Tenho fé que João Santana cresça e vá para o segundo turno. Caso esses números se confirmem, e eu espero que não, o PT vai mais forte e com mais vontade disputar a prefeitura. Todo mundo sabe que é o grande sonho do PT governar Salvador que nunca conseguiu”.

Lúcio ainda comentou que não vê o vice-prefeito de Salvador Bruno Reis (DEM) como nome definido para suceder o prefeito ACM Neto (DEM).

“Bruno Reis primeiro vai ter que ter musculatura para brigar internamente. As pessoas falam em João Roma, Luiz Carreira, o presidente do Bahia, Bellintani, não vai ser fácil”.

“O MDB pretende apresentar candidato. Irmão Lázaro se perder o Senado deve colocar o nome dele, vai ser eleição dividida, não há nome natural”, acrescentou.

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