Um dos menores partidos do país, com apenas 8 dos 594 congressistas, o PSL de Jair Bolsonaro lançou candidato a governador em metade dos estados brasileiros.

Caso a sigla confirme os 13 candidatos até o dia 15 —prazo final para registro das chapas na Justiça Eleitoral—, ela deve se igualar ou superar pesos-pesados da política nacional, como o MDB de Michel Temer e o PSDB de Geraldo Alckmin, com 13 e 12 postulantes a governos estaduais, cada um.

Isso também representará um salto em relação a 2014, quando o PSL disputou apenas um governo estadual, o do Rio Grande do Norte, acabando em último lugar —o advogado Araken Farias recebeu pouco mais de 13 mil votos (0,9%).

Os partidos encerraram no domingo (5) o período de convenções, mas isso não significa que o quadro de candidatos esteja consolidado. Pode haver recuos até o dia 15, além de alguns deles correrem o risco de serem barrados pela Justiça Eleitoral.

A expressiva lista de candidatos do PSL, que contrasta com o seu tamanho, tem como causa, naturalmente, o ingresso de Bolsonaro na sigla.

Por um lado, o lançamento de candidaturas é estimulado pela atual força eleitoral do capitão reformado do Exército, que lidera as pesquisas de intenção de voto nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por outro, o isolamento de Bolsonaro, que só conseguiu aliança com outro partido nanico, o PRTB, exige que haja mais candidatos próprios nos estados que possam lhe dar palanque.

Um dos principais aliados de Bolsonaro, o deputado Major Olímpio (PSL-SP) disse que a ampliação do número de candidatos a governador não faz parte de uma estratégia para promover o presidenciável.

“Esse impulsionamento de candidaturas foi porque tivemos muitas filiações e vários estados passaram a ter opções competitivas”, disse.

Para Olímpio, apesar de cada candidato regional ajudar a promover o nome de Bolsonaro, esse não será um fator determinante na eleição.

“O maior palanque do Bolsonaro é a própria figura dele. Não é o fato de ter ou não candidatura a governador que trará maior sucesso ou não”, afirmou.

Dos 13 candidatos do PSL, contudo, apenas dois conseguiram firmar palanques mais amplos e entrar na disputa com candidaturas competitivas.

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