Políticos oposicionistas emitiram notas de repúdio após um confronto entre a Guarda Municipal e integrantes do Sindicato dos Professores (APLB-Sindicato), na manhã desta terça-feira (7), em frente a Secretaria Municipal de Educação, na Avenida Garibaldi.  A paralisação da categoria já dura 27 dias.

“A Guarda Municipal é para atuar dentro da Lei com quem infringe a lei. Não podemos permitir que professores sejam criminalizados por estarem reivindicando seus direitos, previstos por lei. Quando a prefeitura tenta justificar o injustificável,  como fez por meio de nota ao afirmar que foram os professores que agrediram guardas armados,  mostra ainda mais desrespeito com a categoria e tentativa de distorcer a verdade”,  disparou a vereadora Marta Rodrigues (PT), líder da oposição na Câmara Municipal.

O deputado federal Jorge Solla (PT) declarou que “a direita brasileira adora rogar para si a defesa da família e da moral, mas não tem pudor em espancar professores”. “Foi assim no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, agora as cenas se repetem em Salvador. Qual a geração de jovens que se forma aprendendo a ver seus professores tomarem porrada quando lutam por dignidade?”, questionou, em nota enviada ao BNews.

Já a senadora Lídice da Mata (PSB) criticou a condução das negociações. “Quando prefeita, a única arma que usei para negociar com servidores em greve foi o diálogo.  Não da para colocar guardas municipais despreparados para enfrentar colegas de serviço público como se fossem inimigos.”, destacou.

Reivindicações

A categoria volta a se reunir em mais uma assembleia para discutir o rumo das negociações, na quinta-feira (9), na quadra do Sindicato dos Bancários. Os docentes pediam reajuste salarial de 12,41% e desceram a proposta para 6,5%. Em contrapartida, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) ofereceu 2,5%, que não é aceito pela categoria. Os professores também pedem 10% no auxílio-alimentação e eleição do diretor escolar – em vez de indicação da secretaria.

DEIXE UMA MENSAGEM