Os R$ 2 milhões em propina pagos ao senador Aécio Neves (MG), assim como os R$ 500 mil destinados ao presidente da República, Michel Temer, foram entregues em notas de R$ 50 e R$ 100, devidamente divididas e acomodadas em malas pretas.

As fotos dessas malas, lotadas de dinheiro, foram divulgadas pela revista Época, nesta sexta-feira (4), e podem ser conferidas aqui.

O responsável por pegar o dinheiro destinado ao tucano mineiro era o primo dele, Frederico Pacheco, o “Fred”, a quem o senador se referiu como “um cara que a gente mata antes de fazer delação”, em áudio divulgado pelos investigadores da Lava Jato.

Já a mala que seria destinada a Temer, contendo R$ 500 mil, foi entregue a Rocha Loures, como mostraram as imagens divulgadas pelo Ministério Público Federal.

Toda a ação foi monitorada pela Polícia Federal, em uma ação controlada, autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

No comando da distribuição do montante estava o lobista Ricardo Saud, da JBS, de propriedade dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Cabia ao operador financeiro a missão de comandar o setor da empresa que trabalhava com dinheiro “vivo”, destinado ao pagamento de propinas para políticos de todo o Brasil e que recebia o nome, internamente, de “Entrepostos”.

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