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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alvo de uma operação da Polícia Federal e de medidas restritivas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 18, declarou estar com o “sentimento” de que será preso em agosto, mais especificamente em 20 de agosto, data prevista para o julgamento do processo sobre a tentativa de golpe de Estado. A afirmação foi feita em entrevista à agência de notícias Reuters.

Durante sua declaração na sede do PL, em Brasília, Bolsonaro acusou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de ser um “ditador” e afirmou que está sendo alvo de uma perseguição política. Ele disse não ter dúvidas de que será condenado e preso.

A entrevista ocorreu após Bolsonaro ter colocado uma tornozeleira eletrônica, conforme determinado por Moraes. Além disso, o ex-presidente enfrenta várias restrições: ele está proibido de usar redes sociais, manter contato com embaixadores e autoridades estrangeiras, se aproximar das sedes de embaixadas e consulados, e também não pode ter contato com seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Um toque de recolher também foi imposto.

“Não há a menor dúvida que vão me condenar. O sentimento é que vai acontecer [ser preso]”, declarou Bolsonaro durante a entrevista.

Ele ainda comentou sobre as possíveis motivações por trás da condenação, sugerindo que o objetivo seria afastá-lo do cenário político e facilitar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O Lula, sem eu, ganha a eleição de qualquer um”, afirmou.

Vale destacar que Bolsonaro já se encontra inelegível até 2030 devido a duas decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as quais independem do processo que tramita no STF. Apesar disso, o ex-presidente reafirmou sua intenção de se candidatar à Presidência da República nas eleições de 2026.