Lula Apresenta Projeto de Ampliação da Faixa de Isenção do Imposto de Renda Redação 18 de março de 2025 Destaque, Notícias, Política, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS Em uma solenidade realizada nesta terça-feira (18) no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou o projeto que se destaca como sua prioridade máxima para o ano de 2025: a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) para R$ 5 mil. A proposta será encaminhada ao Congresso Nacional ainda hoje, iniciando sua tramitação, mas entrará em vigor apenas em 2026.O projeto visa oferecer alívio não apenas aos contribuintes com rendimentos de até R$ 5 mil, que ficarão isentos do imposto, mas também àqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, por meio de uma tabela progressiva que evita uma transição brusca na cobrança.Atualmente, a faixa de isenção se estende até R$ 2.259,20, com um desconto automático de R$ 564,80, garantindo a isenção para quem recebe até R$ 2.824. Acima desse limite, existem quatro faixas de tributação que variam de 7,5% a 27,5%.A solenidade contou com a presença do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), do senador Weverton (PDT-MA), representando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de vários ministros e líderes partidários. A abertura foi feita pela ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.“Esse projeto enviado ao Congresso é uma questão de justiça. Ele isenta os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês e reduz a incidência do Imposto de Renda para aqueles que recebem entre R$ 5 e R$ 7 mil”, destacou Gleisi. Segundo ela, a proposta beneficiará cerca de 10 milhões de brasileiros, somando-se aos 10 milhões já isentos por receberem até dois salários mínimos – totalizando 20 milhões de trabalhadores favorecidos com a isenção.Gleisi enfatizou que essa mudança impulsionará a economia: “Essa renda em circulação significa crescimento econômico e movimentação na roda da economia. Não tínhamos correção na tabela desde 2015; com Lula em 2023, passamos a isenção para dois salários mínimos, o que impactou significativamente o consumo e a renda das famílias”.O alívio fiscal proporcionado pela nova isenção custará aproximadamente R$ 27 bilhões por ano aos cofres públicos, conforme estimativa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Para compensar essa perda de receita, o governo planeja arrecadar cerca de R$ 25,22 bilhões através da chamada “taxação dos ricos”, que afetará um pequeno grupo de cerca de 100 mil contribuintes no topo da pirâmide econômica brasileira.A proposta é progressiva e abrange todas as formas de renda — desde salários até aluguéis e dividendos — com a cobrança incidindo apenas sobre a diferença entre o imposto já recolhido e o valor total devido. Por exemplo, se um contribuinte pagou 8% de IR sobre seus rendimentos acima de R$ 1 milhão, ele precisará complementar com mais 2% para alcançar os 10%. Esse princípio se aplica proporcionalmente às demais faixas de renda.