Médico peruano denunciado por agressões a profissionais de saúde Redação 28 de janeiro de 2025 Destaque, Notícias, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS, Violência O médico peruano Luís Gonzalo Velarde Acosta, de 38 anos, que atuou no Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), foi alvo de denúncias graves por parte de seis profissionais de saúde, incluindo quatro médicas e duas enfermeiras, que relataram agressões físicas, psicológicas, patrimoniais e virtuais durante os relacionamentos que tiveram com o suspeito ao longo dos últimos dez anos.Os relatos das vítimas, que têm idades entre 28 e 37 anos e cujos relacionamentos duraram entre um a dois anos, revelam um padrão alarmante de comportamentos abusivos. Algumas das mulheres não residem mais na Bahia, e informações adicionais indicam que o médico também teria assediado colegas e estudantes de medicina durante a fase de internato.Uma das vítimas narrou à TV Bahia que foi agredida no rosto pelo médico e teve suas roupas rasgadas, além de ser trancada em seu apartamento durante um ataque de ciúmes. “Ele me trancava e depois de muito tempo abria a porta. Rasgava minhas roupas, puxava meu cabelo e batia no meu rosto”, revelou a mulher, que preferiu permanecer anônima.Outra denunciadora contou que Luís Gonzalo jogou suas roupas na escada do prédio em que morava após uma discussão sobre o volume da televisão. “Ele se aborreceu porque eu liguei a televisão e jogou todas as minhas roupas na escada. Disse para eu ir embora e me empurrou”, relatou.As ex-companheiras do médico afirmaram que ele apresentava mudanças drásticas de comportamento quando não estava em público. De acordo com a TV Bahia, três mulheres solicitaram medidas protetivas contra o agressor, enquanto uma profissional chegou a deixar seu emprego por medo de trabalhar ao lado dele.Após as denúncias, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afastou Luís Gonzalo por três meses. A Procuradoria Geral do Município está analisando as acusações e sugeriu à chefia médica do SAMU o cumprimento das medidas protetivas para garantir a segurança das vítimas.Com receio de represálias, as profissionais enviaram um manifesto à SMS pedindo ações imediatas: “Solicitamos o afastamento do profissional, em consonância às medidas protetivas, de forma preventiva, até que se tenha um processo transitado em julgado”, diz parte do documento.Em nota enviada à TV Bahia, a SMS confirmou o afastamento do médico após as denúncias. Quanto ao possível retorno do profissional ao trabalho, o órgão enfatizou o respeito ao direito à ampla defesa e ao contraditório, uma vez que ainda ocorrerá julgamento e finalização da investigação.A defesa de Luís Gonzalo alegou que as denúncias são infundadas e visam manchar sua imagem. A situação continua em andamento enquanto as autoridades investigam as alegações feitas pelas vítimas.