Neste sábado (7), uma operação policial na Praça do Patriarca, no centro de São Paulo, resultou em agressões a pessoas em situação de rua, enquanto um grupo de voluntários prestava assistência no local. Vídeos da ação mostram uma mulher supostamente grávida desmaiada, cercada por suas filhas, que choram ao seu lado. Testemunhas relataram que ela foi sufocada durante a abordagem.

Outras imagens capturadas mostram um homem sendo imobilizado com um golpe de ‘mata-leão’ e levado ao chão. Ele foi algemado e posteriormente detido no 8º Distrito Policial do Brás, onde passou por exame no IML (Instituto Médico Legal) e foi liberado.

O MNLDPSR (Movimento Nacional de Luta em Defesa da População em Situação de Rua), que estava presente no local, informou que a confusão começou quando o zelador de um prédio jogou água sobre um grupo sentado no pátio. Em resposta, policiais militares iniciaram as abordagens, gerando o conflito. O movimento classificou a ação como “violenta e gratuita”.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirmou que o homem detido, de 37 anos, foi preso por desacato e resistência, alegando que ele mordeu um agente durante a abordagem. A gestão do governador Tarcísio de Freitas declarou que as imagens estão sendo analisadas e que ações serão tomadas caso sejam identificados excessos.

Edvaldo Gonçalves de Souza, coordenador nacional do MNLDPSR, denunciou os acontecimentos ao Ministério Público e à Ouvidoria da Polícia. Ele descreveu a situação como uma “agressão espontânea”, destacando a brutalidade enfrentada pela mulher grávida e pelo homem preso.

A PM de São Paulo tem enfrentado uma série de denúncias de agressões por parte de seus agentes. Em resposta às críticas, a SSP reiterou que não compactua com a violência. Recentemente, outros casos polêmicos envolvendo agressões policiais também ganharam destaque na mídia, incluindo o ataque à empresária Lenilda Messias e o caso do policial flagrado jogando um homem do alto de uma ponte.

As investigações continuam à medida que novos detalhes sobre as ações policiais vêm à tona.