A defesa do cantor John Ghendow de Souza Silva, conhecido como Manno John e atual vocalista do Swing do T10, se manifestou sobre a prisão de Dudu Martins, ex-vocalista do New Hit. A detenção de Martins pode levar à prisão de outros membros da banda, condenados pelo estupro de duas adolescentes na cidade de Ruy Barbosa, na Bahia, em 2012.

Em entrevista ao programa Alô Juca, o advogado Cleber Andrade, que representa outros seis envolvidos no crime, afirmou que Manno John não estava no ônibus durante o estupro e foi confundido com outra pessoa.

“A procuradoria pediu a absolvição dele. O John não estava dentro do ônibus; ele foi confundido com outra pessoa. Na época, ele fumava cigarro, era percussionista e estava do lado de fora do ônibus, colocando o material no bagageiro. Como não podia fumar dentro do ônibus, ele não estava lá. Ele nem viu essas garotas”, explicou Andrade.

Na época dos acontecimentos, Manno John fez um apelo nas redes sociais pedindo a absolvição das vítimas. “Eu tô pedindo um apelo: que essas meninas que me acusaram… Deus toque no coração delas. Não faz parte da minha criação fazer coisas desse tipo (…) Eu não fiz nada disso. Sou pai de família. Sou apontado nas ruas, chamado de estuprador. É um apelo. Não posso ficar dez anos encarcerado por algo que não fiz”, declarou.

O pedido de prisão do cantor foi expedido pela Vara Criminal de Ruy Barbosa no dia 19 de novembro por condenação transitada em julgado. A situação aparece como “pendente de cumprimento” e a pena imposta é de 10 anos.

O advogado também representa outros nomes envolvidos no crime, incluindo Weslen (Gagau), Guilherme, Alan, William, Edson e Michel. Ele informou que existe um requerimento da defesa sendo analisado em Ruy Barbosa e que um novo pronunciamento será feito após essa decisão.

“Quando foi decretada a prisão, todos se apresentaram espontaneamente e demonstraram que não têm interesse em se eximir da Justiça. Eles não são bandidos; são pessoas que têm uma vida voltada ao trabalho. Esse foi o único fato isolado na vida deles, todos procurando sobreviver de maneira lícita e correta”, finalizou Andrade.

O advogado ainda mencionou outros dois nomes que foram absolvidos do crime: Jeferson e Carlos Frederico, que também não estavam no ônibus no momento dos fatos.