Carlos Jordy posta vídeo nas suas redes sociais afirmando que não incentivou atos antidemocráticos e que Brasil vive período de ditadura Redação 18 de janeiro de 2024 Brasil, Destaque, Notícias, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS Alvo da 24ª fase da Operação Lesa Pátria da Polícia Federal, que busca identificar quem planejou, financiou e incitou atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e o início de 2023, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) postou vídeo em suas redes sociais se defendendo das acusações, e com críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados do Rio de Janeiro (8) e no Distrito Federal (2).No vídeo, Carlos Jordy, que é líder da Oposição na Câmara dos Deputados, negou ter participado ou mesmo incentivados atos antidemocráticos, como os que ocorreram no dia 8 de janeiro, em Brasília. O deputado federal pelo Rio de Janeiro, que disse ter sido acordado com “fuzil na cara”, classificou como uma “medida autoritária” o mandado judicial cumprido contra ele. “Isso é a verdadeira constatação de que estamos vivendo em uma ditadura. Em momento algum no 8 de janeiro, eu incitei, falei para as pessoas que aquilo era correto, estive nos quartéis-generais quando estavam acontecendo todos aqueles acampamentos. Pelo contrário. Nunca apoiei nenhum tipo de ato, anterior ou depois do 8 de janeiro”, disse o deputado.Jordy disse considerar que as pessoas tinham o direito de fazer as suas manifestações contra o governo eleito em outubro de 2022, mas reforçou que não incentivou qualquer tipo de ato antidemocrático. Para o deputado, a busca e apreensão contra ele seria uma medida autoritária, sem fundamento, que visaria somente visa perseguir, intimidar e criar narrativas às vésperas da eleição municipal.“É totalmente arbitrário. Não há nenhuma postagem minha, nada que possa ser colocado contra mim ou justifique essa medida autoritária de busca e apreensão”, defendeu o deputado carioca.O parlamentar confirmou que os policiais federais estiveram em sua casa, no Rio de Janeiro, e que levaram uma arma e dinheiro que estavam guardados no imóvel. Jordy disse que os agentes foram educados no cumprimento do mandado. “Os agentes da PF até foram bem educados, diziam que estavam fazendo o trabalho deles. Mas eu não sabia o que era, tive aqui o mandado, me deram a cópia. Petição 11.986, eu desconhecia o que era. Eles estavam buscando arma, celular, tablet. E pegaram, eu falei onde estava minha arma, pegaram meu celular. Tentaram buscar outras coisas que pudessem me incriminar, mas não encontraram nada. Queriam dinheiro, eu tinha R$ 1 mil aqui em casa”, afirmou Carlos Jordy no vídeo.A operação que teve o deputado Carlos Jordy como alvo foi criticada nas redes sociais por alguns parlamentares de oposição ao governo Lula. Foi o caso do senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado. Marinho disse que o Brasil vive um “clima inquisitorial”.“Minha solidariedade ao líder Carlos Jordy, deputado federal alvo de busca e apreensão por ordem do ministro Alexandre de Morais. Urge no Brasil o restabelecimento da normalidade democrática, o necessário reequilíbrio entre poderes, a transparência e o termo de inquéritos determinados que viraram rotina. Esse clima inquisitorial é incompatível com a democracia”, afirmou Marinho.