O policial militar Renato Caldas Paranã, de 41 anos, lecionava como professor temporário no Centro de Ensino Especial 1 do Guará quando quebrou o braço de um aluno autista de 15 anos.

O caso aconteceu no dia 7 de novembro. O estudante precisou ser levado ao Hospital de Base, onde passou por cirurgia para colocação de pinos de titânio. Ele recebeu alta três dias depois.

Em nota, a SEEDF informou que o professor foi afastado. “A pasta informa que o professor foi imediatamente afastado, e o caso é apurado pela Polícia Civil e pela Corregedoria da SEEDF, que tomará todas as medidas cabíveis […]. A SEEDF reforçou que repudia qualquer ato de violência e que prestará todo o auxílio necessário ao estudante”, completou o órgão.

Concursado pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), o policial substituía uma professora de informática que está afastada. Ele começou os trabalhos como educador em agosto, segundo o Portal da Transparência do Governo do Distrito Federal, já que recebeu proventos como docente em setembro.

Renato foi contratado após ser aprovado e classificado em 3º lugar no Processo Seletivo Simplificado para a contratação de professores temporários, em 2022.

O terceiro-sargento da Polícia Militar (PMDF) teria fraturado o braço do aluno durante uma crise do adolescente, que tem transtorno do espectro autista (TEA) de nível 3 e de desenvolvimento global (TGD) não verbal.

RELEMBRE O CASO

O adolescente de 15 anos teve o braço fraturado pelo terceiro-sargento da PMDF Renato Caldas Paranã, na última terça-feira (7), durante uma crise do jovem, que tem transtorno do espectro autista (TEA) de nível 3 e de desenvolvimento global (TGD) não verbal.

A vítima foi levada ao Hospital de Base, onde passou por cirurgia para colocação de pinos de titânio. O paciente recebeu alta na sexta-feira (10).

Renato teria se aproximado do adolescente e o segurado “com muita força pelos braços”, segundo o boletim de ocorrência do caso, registrado pela mãe do estudante, Angélica Rego Soriano, de 35 anos.

A vice-diretora do colégio também contou à polícia que pediu para o PM interromper a ação, mas ele não teria seguido as ordens da dirigente. Ao sair para pedir ajuda a uma psicóloga, a educadora ouviu um “grito muito alto”, que a fez voltar. Nesse momento, encontrou o adolescente caído ao chão, com o braço quebrado.