Na terça-feira (28/10), uma megaoperação das Polícias Civil e Militar foi deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. A ação resultou na morte de 64 pessoas e na prisão de outras 81, incluindo quatro policiais — dois civis e dois militares.

A Ofensiva

As comunidades acordaram ao som de disparos, com barricadas incendiadas pelos criminosos e a fumaça das bombas no ar. Cerca de 2,5 mil agentes participaram da operação, que visava cumprir 51 mandados de prisão contra traficantes da região. A ação teve o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core/PCERJ) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope/PMERJ).

Entre os presos, estavam líderes do Comando Vermelho, como Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão do Quitungo, e Edgard Alves de Andrade, o Doca, um dos chefes mais procurados da facção.

Reação do Governo do Rio

Em coletiva de imprensa, o governador Cláudio Castro (PL) destacou que o estado está “sozinho” na luta contra o crime organizado e criticou a falta de apoio federal. Ele revelou que pedidos anteriores para o uso de blindados foram negados, afirmando que o estado precisa de uma integração mais efetiva com as forças federais.

Resposta do Governo Federal

O Ministério da Justiça e Segurança Pública respondeu às críticas, afirmando que tem atendido prontamente os pedidos do governo do Rio para o emprego da Força Nacional. Desde 2023, foram 11 solicitações de apoio que foram acatadas.