STJ manda soltar estudante que matou duas jovens em faixa de pedestre em São Caetano do Sul Redação 28 de setembro de 2025 Destaque, Notícias, Polícia, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a soltura de Brendo dos Santos Sampaio, 26 anos, que atropelou e matou duas jovens de 18 anos na faixa de pedestre da avenida Goiás, em São Caetano do Sul (SP), em abril deste ano. A prisão preventiva foi substituída por medidas cautelares.Conforme decisão proferida na última sexta-feira, Brendo deverá usar tornozeleira eletrônica, ter recolhimento domiciliar no período noturno (das 22h às 6h) e nos dias de folga. Ele também fica proibido de dirigir veículos automotores e de manter contato com familiares das vítimas ou testemunhas.O estudante de direito foi preso em flagrante por homicídio doloso, quando há intenção de matar, um dia após o atropelamento. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça em 10 de abril. A polícia identificou que ele dirigia em alta velocidade, ultrapassando o limite de 60 km/h da via. Especialistas consultados pelo UOL calcularam, com base em software de análise de acidentes de trânsito, que o Honda Civic conduzido por Brendo trafegava a mais de 120 km/h no momento do impacto.O UOL buscou contato com os advogados de Brendo após a determinação de soltura, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.Relembre o casoIsabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, ambas com 18 anos, foram atropeladas e mortas enquanto atravessavam a avenida Goiás, em São Caetano do Sul, na faixa de pedestre. Câmeras de segurança registraram o momento em que as jovens, conversando, foram atingidas por um carro em alta velocidade. O semáforo estava mudando de verde para amarelo no momento da colisão. As vítimas foram arremessadas a mais de 50 metros e morreram no local.Brendo, que havia acabado de sair de uma aula na Universidade de São Caetano do Sul, permaneceu no local do acidente. O teste do bafômetro indicou que ele não estava alcoolizado.A mãe de Isabelli relatou que as amigas haviam saído para comemorar o primeiro emprego da filha, que começaria como jovem aprendiz. “Elas eram muito amigas, inseparáveis. Estudaram o ensino médio juntas e morreram juntas”, disse Claudilene Helena de Lima.Uma testemunha informou à polícia que viu o Honda Civic correndo em alta velocidade, paralelamente a outro veículo, momentos antes do atropelamento. Relatos de moradores nas redes sociais indicam que rachas são frequentes na avenida. As famílias das vítimas relataram ter sido procuradas por advogados do condutor, que teriam afirmado que a família desejava prestar apoio e que Brendo era apenas um estudante voltando da faculdade, negando a prática de rachas.