O ministro da Casa Civil, Rui Costa, revelou nesta semana que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu desejo de participar da inauguração da fábrica da montadora chinesa BYD, localizada na cidade de Camaçari, na Bahia. No entanto, a presença do presidente no evento ainda está sujeita a ajustes em sua agenda oficial.

“Eu falei com o presidente ontem, ele estava na França, e ele disse: ‘Olha, mande revisar a minha agenda que eu quero ir’”, afirmou Rui Costa. Ele acrescentou que a equipe do governo está trabalhando para alinhar os compromissos presidenciais. “Segunda-feira, quando ele chega na segunda à noite, terça-feira vamos despachar com ele. Terça-feira da próxima semana, o Márcio [França, ministro do Empreendedorismo] estará lá na quarta e ele vai bater o martelo.”

A instalação da fábrica da BYD no terreno onde anteriormente funcionava a unidade da Ford representa um importante passo na política de reindustrialização e transição energética promovida pelo governo federal. A chegada do empreendimento é considerada estratégica para o desenvolvimento econômico do estado e para a geração de empregos.

Durante a mesma entrevista, Rui Costa foi questionado sobre as articulações políticas para as eleições de 2026, especialmente em relação à possível candidatura do senador Angelo Coronel à reeleição. Lideranças do PT e do PSD indicaram que a composição da chapa majoritária poderá depender do desempenho de Lula e do ministro Rui Costa nas pesquisas eleitorais.

No entanto, o ministro evitou se aprofundar no debate sobre 2026. “Olha, gente, eu sinceramente tenho dito a vocês: no Brasil, a eleição é sempre nos anos pares, né? 2022, 2024, agora 2026. E os anos ímpares são os anos que a gente tem que se dedicar ao trabalho”, afirmou. “Então, 2025 é o ano que eu digo do trabalho, da entrega. E se a gente antecipar o debate eleitoral, ninguém trabalha nesse país. Então eu estou focado este ano no trabalho.”