O irlandês Eddie Jordan, ex-proprietário da equipe que deu início à carreira de Michael Schumacher na Fórmula 1, faleceu aos 76 anos, vítima de câncer. A família confirmou a morte na última quinta-feira (20), informando que ele estava em casa, na África do Sul, cercado por seus parentes.

Jordan ingressou na Fórmula 1 em 1991 ao fundar a Jordan Grand Prix, uma equipe que rapidamente se destacou no cenário automobilístico. Apesar das dificuldades financeiras enfrentadas ao longo dos anos, a equipe conquistou quatro vitórias e alcançou o terceiro lugar no Campeonato de Construtores de 1999, ficando atrás apenas de Ferrari e McLaren.

A Jordan foi o ponto de partida da carreira de Schumacher, que fez sua estreia na equipe em Spa-Francorchamps, substituindo Bertrand Gachot, preso após um incidente em Londres. O jovem alemão rapidamente chamou a atenção e foi contratado pela Benetton, onde conquistou seus primeiros títulos mundiais.

Além de Schumacher, a equipe também contou com pilotos renomados como Ralf Schumacher (1997-1998) e Damon Hill, que conquistou a vitória pela Jordan no GP da Bélgica de 1998.

Após enfrentar dificuldades financeiras, Jordan vendeu a equipe em 2005. Desde então, a equipe passou por várias mudanças de nome até se tornar a atual Aston Martin.

Nos últimos anos, Eddie Jordan falou abertamente sobre sua luta contra o câncer de bexiga e próstata, que se espalhou para a coluna e a pelve. Mesmo diante da doença, ele permaneceu ativo no meio esportivo, atuando como patrono do London Irish Rugby Club e como agente do designer Adrian Newey.

A perda de Eddie Jordan deixa um legado significativo no automobilismo e uma lembrança indelével para aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo e trabalhar ao seu lado.