Promotores da Coreia do Sul indiciaram o presidente afastado Yoon Suk Yeol por insurreição, em decorrência de seu decreto de Lei Marcial emitido em 3 de dezembro. No país asiático, essa acusação pode resultar em prisão perpétua ou até pena de morte. A informação foi confirmada pelo principal partido de oposição da Coreia do Sul neste domingo (26).

Durante uma coletiva à imprensa, o porta-voz do Partido Democrata, Han Min-soo, declarou: “A promotoria decidiu indiciar Yoon Suk Yeol, que está enfrentando acusações de ser um líder de insurreição. A punição do líder da insurreição começa finalmente agora.”

Desde a aprovação do processo de impeachment contra Yoon pelo Congresso em dezembro, ele se encontra afastado do cargo, enquanto a Suprema Corte analisa se sua destituição deve ser definitiva. Neste fim de semana, um tribunal rejeitou duas vezes o pedido dos promotores para estender a prisão de Yoon, enquanto prosseguem com uma investigação mais aprofundada. Contudo, com as novas acusações, os promotores solicitaram novamente que o ex-presidente fosse mantido sob custódia.

De acordo com informações do G1, os advogados de Yoon pediram aos promotores que o liberassem imediatamente, classificando sua detenção como “custódia ilegal”. Durante uma audiência no Tribunal Constitucional na semana passada relacionada ao julgamento de impeachment, Yoon e sua equipe jurídica argumentaram que ele nunca teve a intenção de impor totalmente a lei marcial e que as medidas foram concebidas apenas como um aviso para romper o impasse político.