Colômbia Recusa Receber Voos Militares com Deportados dos EUA Redação 26 de janeiro de 2025 Destaque, Notícias, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS Neste domingo (26), a Colômbia se negou a receber dois voos militares que transportavam deportados dos Estados Unidos, conforme informado por uma autoridade americana à Reuters. O presidente Gustavo Petro citou o tratamento degradante enfrentado por brasileiros deportados, que chegaram ao país algemados e relataram agressões por parte de agentes de imigração americanos.De acordo com a fonte anônima, um dos aviões, já em voo com 80 migrantes a bordo da Califórnia, teve sua autorização suspensa pelo governo colombiano. No mesmo dia em que os brasileiros iniciaram sua deportação, a imprensa americana noticiou que o México também rejeitou um voo militar similar.Petro enfatizou que não permitirá voos de deportação dos EUA para a Colômbia, afirmando: “Um migrante não é um criminoso e deve ser tratado com dignidade.” Ele destacou que “não posso fazer com que migrantes fiquem em um país que não os quer; mas se esse país os devolve, deve ser com respeito, em aviões civis.” O presidente também lembrou que existem mais de 15 mil americanos em situação irregular vivendo na Colômbia.Enquanto isso, o voo programado para transportar outros 80 deportados ao México teve sua autorização cancelada antes da decolagem. Outros três voos destinados à Guatemala foram realizados sem problemas.O Itamaraty anunciou que pedirá explicações ao governo Donald Trump sobre o “tratamento degradante” sofrido pelos brasileiros durante a deportação. Os migrantes que chegaram a Belo Horizonte relataram experiências traumáticas, incluindo 50 horas algemados e sem ar condicionado, além de abusos por parte dos agentes americanos. Denilson José de Oliveira, 26 anos, expressou seu medo durante a viagem: “Parecia que estavam tentando nos matar.”O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que o governo Lula ordenou a retirada das algemas assim que soube da situação através da Polícia Federal. Ele classificou as ações como um “flagrante desrespeito” aos direitos dos brasileiros. Em resposta à situação, o Planalto enviou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar os migrantes até Belo Horizonte, seu destino final original.