Centro de Treinamento Ailton Junior revela talentos no Vôlei de Praia

Histórias de Superação e Conquistas valem mais que medalhas.

Emoção e a determinação marcaram a última edição da Copa Nordeste de Vôlei de Praia, realizada em Aracaju/SE, onde as equipes masculina e feminina do Centro de Treinamento Ailton Junior, no Bairro de Amaralina, em Salvador, trouxeram para casa duas medalhas e grandes histórias de superação. A competição, que ocorreu entre os dias 16 e 18 de agosto, viu as mulheres brilharem ao garantirem o 1º lugar com Laiza e Lunna, além do 3º lugar com Sofia e Yara. Já os homens, representados por João e João, conquistaram o 4º lugar.

Essas vitórias não apenas elevaram a moral da equipe, mas também asseguraram uma vaga forçada no Campeonato Brasileiro Aberto, um sonho coletivo que se torna realidade e é fruto de muito trabalho e dedicação. Sob a orientação do treinador Ailton Júnior, que atua ao lado de uma dedicada comissão técnica, o Centro de Treinamento Ailton Junior tem se destacado na formação de novos talentos. “Essas conquistas são frutos de muito suor e perseverança. E, por trás de cada medalha, existem histórias de superação que merecem ser contadas”, disse o treinador. Um exemplo emocionante é o da atleta Sofia, que, mesmo com as dificuldades enfrentadas na maternidade, não se deixou abater.

A gravidez não foi planejada, mas a chegada de seu filho se tornou uma força motriz para sua carreira. Sofia leva o pequeno Theo para as competições e, com a ajuda de amigos, adapta sua rotina de treinos à rotina da criança. Emocionada, Sofia compartilha o que sente: “Os desafios são muitos. Viajar com um bebê exige muito planejamento, e infelizmente, ainda não temos patrocínio. Mas o que me move a cada competição é olhar para o meu filho e ver que ele me acompanha e me dá a força que eu preciso. Eu quero que ele saiba que é possível seguir os sonhos, mesmo quando as adversidades surgirem. É isso que quero ensinar para ele”, declarou Simone Roberto. E Sofia tem aprendido mesmo. Tanto que para ela, as últimas competições foram uma virada de chave. “Quantas barreiras quebramos… o quão árduo é o processo, o treino, os nãos. E o quão satisfatório, gratificante, recompensador é esse resultado, fruto de treino, fruto de muita luta, na maioria das vezes contra nossas próprias mentes.

Amadurecer é difícil, mudar é difícil, encerrar ciclos que já não nos agregam mais em nada é ainda mais difícil do que parece, priorizar escolhas que nos tiram da nossa zona de conforto é difícil. Porém, mais difícil ainda é continuar no mesmo lugar, é não mudar de ideia, é não conquistar o que merecemos, o que lutamos, o que sonhamos”, comemorou. Sofia, tem pouca idade, mas já acumula muita história para contar. Entre uma competição e outra, Sofia tem mais um desafio… ela precisa levar o pequeno Théo, de apenas 3 anos, para as partidas. Com a rede de apoio oferecida pelos amigos do time, ela cuida de duas grandes paixões: o vôlei e o filho! Ela tem garra e determinação suficientes para não desistir. Além de uma torcida que nunca largou sua mão mesmo nos momentos mais difíceis.

A mãe de Sofia, avó do Theo, é uma super fã. E se emociona ao falar sobre a trajetória da filha “Eu sinto que minha filha vai longe, que ela ainda tem muito a conquistar. E tenho certeza de que será capaz de realizar muito além do que planejou para sua vida”, declarou Simone Roberto. Para Sofia Essa competição foi uma virada de chave. M uitas chaves e quantas barreiras quebramos… o quão árduo é o processo, o treino, os nãos. E o quão satisfatório, gratificante, recompensador é esse resultado, fruto de treino, fruto de muita luta, na maioria das vezes contra nossas próprias mentes. Amadurecer é difícil, mudar é difícil, encerrar ciclos que já não nos agregam mais em nada é ainda mais difícil do que parece, priorizar escolhas que nos tiram da nossa zona de conforto é difícil. Porém, mais difícil ainda é continuar no mesmo lugar, é não mudar de ideia, é não conquistar o que merecemos, o que lutamos, o que sonhamos”, comemorou. Foi assim também no JUBs deste ano. As atletas brilharam na cidade do Rio de Janeiro. O Quarteto Misto: Ana Carolina, Sofia, Brendha, Marcelo Vinagre e Juan formaram o time misto, trazendo toda a energia e talento para as quadras, representando a universidade UFBA. “Foi perfeito esse momento para nós”, relembrou.

Helen Carneiro Ramos é uma das promessas do Vôlei que também está em formação no Centro de Treinamento. Ela traz à tona uma história inspiradora. Com apenas vinte anos, ela, originária de Conceição do Coité, a atleta revela que começou sua jornada no vôlei em quadras improvisadas, enfrentando as limitações de recursos em sua cidade de origem. “Não tinha uma boa estrutura, mas a paixão pelo vôlei me movia. Fui aprendendo com dificuldades, e agora estou aqui, competindo ao lado de jogadoras incríveis”, recorda Helen.

Lunna, também faz parte do
Time de superação ! Ela só tem 16 anos e compartilha sua experiência emocionante ao participar e conquistar o Campeonato Regional, garantindo assim uma vaga no torneio CBVP Aberto. Para ela, a vitória é mais do que uma medalha ou um título; é a realização de um projeto de parceria que começou do zero. Lunna destaca sua jornada ao lado de Laiza, sua companheira, com quem começou a praticar vôlei sem experiência significativa. O vôlei, para Lunna, não é apenas uma atividade esportiva, mas sim um estilo de vida que promove saúde, foco, união e gratidão. “Para mim, o mais prazeroso disso tudo, além da medalha e do título, é poder ver e viver um projeto de parceria, que começou o zero, ir se concretizando aos poucos, me juntei com Laiza quando nem sabia jogar vôlei direito e agradeço a ela imensamente por ser paciente e confiar em mim e no nosso técnico durante toda a trajetória, devido à toda essa crença estamos construindo juntas um caminho gostoso de se apreciar. Hoje, o vôlei extrapola o conceito de esporte, acredito que englobe todo um estilo de vida, uma vida saudável, focada em objetivos, com muita união, cumplicidade, gratidão, treinamento e experiências. O esporte mudou para melhor quem sou agora.” Declarou.

Para a sua parceira Laisa, o significado do vôlei não é diferente . Aos 21 anos, também já possui uma trajetória notável no vôlei de praia, ela iniciou a sua jornada aos 8 anos no Myrage, sob a orientação do professor Duda. Atualmente, ela treina com o professor Ailton Jr, focando no alto rendimento. Um dos momentos mais marcantes de sua carreira foi participar da etapa sub-23 em Aracaju, onde conquistou o 1º lugar, garantindo uma vaga direta na principal competição adulta brasileira, a CBVP. Essa conquista foi especialmente significativa para Laiza, pois aconteceu ao lado de sua parceira Lunna, que é não apenas uma atleta exemplar, mas também uma grande fonte de apoio em sua jornada. Laiza expressa sua gratidão a todos que a apoiaram ao longo de sua trajetória esportiva.

Yara Leal, de 18 anos, natural de Pernambuco e residente em Cajazeiras, Salvador, é apaixonada por vôlei desde 2017, quando começou aos 11 anos. Atleta de vôlei de praia, estudante de educação física e estagiária em academia feminina. Ela já acumula muitas vitórias; é campeã baiana de todas as categorias de base, mais de 10 vezes campeã baiana sub-17, eleita duas vezes atleta revelação e melhor passe (fundamento do vôlei) da Bahia, vice-campeã brasileira sub-18 de vôlei de quadra, medalha de bronze no regional sub-23 em Sergipe. Superou desafios como lesões, custos e sacrifícios, vendendo brigadeiros e fazendo rifas para manter sua paixão. Rotina exaustiva de treinos diários, musculação, faculdade e estágio, enfrentando longos deslocamentos.

Suas conquistas incluem títulos regionais e nacionais, sendo reconhecida como atleta revelação e destaque em diversas competições. Determinada a alcançar ainda mais sucessos no esporte que ama. “Logo no início eu via o vôlei apenas como um passatempo, mas ao longo dos meses meu treinador sempre me dizia que eu estava evoluindo rápido e que iria me tornar uma ótima jogadora de vôlei. Não demorou muito para o vôlei se tornar minha paixão! Em 2018, onde participei do primeiro campeonato baiano sub-17, eu tive a certeza que eu queria ser uma atleta profissional, mesmo sabendo que seguir esse sonho não seria fácil. De lá para cá já enfrentei diversas dificuldades como lesões, perrengues em viagens, custo para pagar competições, mensalidade do meu C.T., transporte e por aí vai. Desde que comecei a competir, sempre fiz rifas para ajudar com os custos e também vendi brigadeiros, já que não tenho nenhuma ajuda do governo como o bolsa atleta, meus pais também ajudavam com os custos na maioria das vezes, mas nem sempre era possível”, declarou.

Esses relatos não ressaltam apenas a dedicação dos atletas, mas também a importância de um ambiente que proporciona oportunidades. Mais do que vitórias, o que se vê nas quadras do Centro de Treinamento é um verdadeiro espírito de luta e união em busca de um sonho: fazer do vôlei um caminho possível para muitos. Enquanto a equipe se prepara para os próximos desafios, uma coisa é certa: a garra e a determinação de atletas como Sofia, Yara e Helen, Laisa são exemplos que inspiram e mostram que as maiores vitórias sempre estão sendo assinadas por histórias de superação. E, com toda certeza, o futuro do vôlei Ailton Junior ainda vai revelar muitos talentos no Vôlei de Praia para esses atletas que sonham em conquistar um patrocínio e, muito mais pódios pelo Brasil e pelo mundo.