Autor da Globo entre 1985 e 2002 e, mais recentemente, responsável por novelas de sucesso na Record, Marcílio Moraes não voltará –ao menos por enquanto– à emissora que o projetou na televisão. Ele teve uma sinopse de novela das seis, entregue para avaliação em maio, rejeitada pelo comando de teledramaturgia da emissora.
 

Trata-se de uma história feita há alguns anos, escrita conjuntamente entre Moraes e o escritor Flávio de Campos. A novela teria o nome de “Júlia”, e contaria a história da sua personagem-título, que vivia em uma fazenda no interior do Rio de Janeiro.
 

A Globo avaliou a história para ter mais opções de novelas rurais, um foco da direção de dramaturgia no momento. Se aprovada, ela entraria na fila para estrear em 2024. No entanto, a sinopse foi rejeitada pela emissora.
 

Procurado pela reportagem, Moraes confirmou que a sua ideia de novela não foi aprovada, mas elogiou o comportamento da Globo no processo. “É uma sinopse antiga que eu tinha na gaveta. Eles mandaram uma resposta simpática. Prometeram que analisariam numa boa. E foi o que fizeram”, afirmou.
 

Marcílio Moraes está fora da televisão desde 2014, quando assinou a elogiada série “Plano Alto”, da Record. Na mesma emissora, foi um dos autores do auge da teledramaturgia da emissora, entre o fim dos anos 2000 e início dos anos 2010, assinando tramas como “Essas Mulheres” (2005), “Vidas Opostas” (2007), “A Lei e o Crime” (2009) e “Ribeirão do Tempo” (2010).
 

Na Globo, Marcílio também fez história. Foi um dos colaboradores de “Roque Santeiro” (1985), considerada por muitos a melhor novela de todos os tempos. Fez também a celebrada “Roda de Fogo” (1986). Em 1993, escreveu “Sonho Meu”, justamente para o horário das seis, para o qual quase voltou recentemente.