Campanha de Lula pede pé no chão e humildade diante de euforia com Datafolha Redação 27 de maio de 2022 Destaque, Famosos, Notícias, Polêmica, Política, ultimas notícias Diante da euforia entre apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os números do Datafolha divulgados nesta quinta-feira (26), membros da campanha pedem “pé no chão”. O deputado José Guimarães (CE), vice-presidente nacional do PT, fala em “calçar as sandálias da humildade”.O ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador do programa de governo de Lula, destaca que em todas as campanhas presidenciais desde 1989 os que lideravam pesquisas a cinco meses venceram. Mesmo assim, ele pede contenção.“Está consolidada a polarização. Estamos crescendo de forma consistente e generalizada. Quanto mais compararmos os governos Lula com o de Bolsonaro, mais vamos crescer”, diz. Para ele, Jair Bolsonaro (PL) vai intensificar os discursos golpistas.“Apesar deste cenário muito favorável, temos que manter o pé no chão, trabalhar com humildade e continuar avançando e disputando a rua e as redes. Bolsonaro vem demonstrando desequilíbrio e as provocações dele contra a democracia vão se intensificar”, afirma.“Nossa campanha não tem que aceitar as provocações e deve continuar debatendo a economia e o social e comparando os governos Lula e Bolsonaro. Este é o caminho que explica o nosso crescimento e que nos levará à vitória”, conclui.Guimarães, integrante da coordenação da campanha, diz que a animação da pesquisa não pode fazer com que o PT “durma em berço esplêndido”.“Será uma campanha dura, difícil, mas também muito esperançosa. Precisamos ampliar alianças, colocar cada vez mais a campanha na rua e tratar dos problemas do povo, como desemprego, fome, desnutrição. Isso aglutina, vai juntando as pessoas”, defende.A pesquisa mostrou Lula com 21 pontos percentuais de vantagem sobre Bolsonaro, liderando a disputa presidencial com 48% das intenções de voto no primeiro turno, ante 27% do principal adversário.O ex-presidente venceria a eleição de 2022 no primeiro turno se o pleito fosse hoje, com 54% dos votos válidos, ante 30% do presidente.O percentual de votos válidos, que exclui brancos e nulos, é o considerado pela Justiça Eleitoral para declarar o resultado final.A pesquisa foi feita com 2.556 eleitores acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país, nesta quarta (25) e quinta-feira (26). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.O levantamento foi contratado pelo jornal Folha de S.Paulo e está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-05166/2022.