O filósofo e professor Ruy Fausto afirmou, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (21), que o ex-juiz federal e ministro da Justiça Sérgio Moro continua sendo visto como “mito”, com alta popularidade, devido à uma espécie de “fetichização do fenômeno corrupção”.

“A corrupção é evidentemente séria. Agora é levado até o limite. Como dizia o Celso Rocha de Barros: ‘Certo, o pessoal não quer corrupção, mas tem coisas mais graves ainda que não veem’. Ligação com a milícia, coisas desse tipo, que são coisas da alta criminalidade, não pegam tanto. A corrupção pega muito”, declarou o filósofo.

Fausto considera que as mensagens reveladas pelo The Intercept mostram que Moro atuava com juiz e promotor ao mesmo tempo. No entanto, apesar de acreditar que as revelações abalaram o prestígio do ministro, não foram capazes de destruir sua reputação.

“Ele continua como mito. Isso se explica pelo atraso da opinião. Há um problema geral da opinião em relação a Bolsonaro, que não é em relação a Moro, que é o núcleo ‘fascizante’, que serão uns 15 milhões mais ou menos, que são muito ruins e que são irrecuperáveis. Isso é outra coisa. Parte dessa gente pode estar com Moro também. Se bem que os dois estão meio brigados agora. No caso do Moro, é muito de uma espécie de fetichização do fenômeno corrupção, que é real. Esse é um erro. E outro erro é de achar que corrupção não tem importância”, avalia.

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