Bolsonaro incentiva crimes ambientais e ‘quer legislar por decreto’, diz senador Redação 26 de agosto de 2019 Destaque, Notícias, Política, ÚLTIMAS NOTÍCIAS O senador Fabiano Contarato (Rede-ES), presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, fez críticas à postura do governo federal diante da questão ambiental brasileira e dos incêndios e desmatamentos na Amazônia. Em entrevista à Rádio Metrópole, hoje (26), Contarato afirmou que as medidas e declarações do presidente Jair Bolsonaro incentivam o desmatamento e a prática de crimes ambientais. Para ele, o chefe do Executivo nacional “quer legislar por decreto”, o que faz com que o país esteja “vivendo uma ditadura em plena democracia”.“Antes do presidente ser eleito, ele já tinha demonstrado que queria acabar com o Ministério do Meio Ambiente. Ele não fez isso de direito, mas está fazendo isso de fato quando ele transfere a Agência Nacional de Águas [para o Ministério do Desenvolvimento Regional], quando ele coloca fim na Secretaria de Mudanças Climáticas, no Plano de Combate ao Desmatamento, só essas duas medidas já impulsionam, já são um combustível para proporcionar o desmatamento e as queimadas que estão ocorrendo. Ele acabou com o Departamento de Educação Ambiental, paralisou os estudos da Amazônia, vai contra a manifestação técnica e científica dos profissionais que têm expertise na área. Independente de quem está ocupando a cadeira de presidente, essa é a realidade da área ambiental do Brasil hoje. Por isso eu entrei com um pedido de impeachment do ministro do Meio Ambiente [Ricardo Salles]”, afirmou.Contarato frisou que o agronegócio também se mostra preocupado com os prejuízos financeiros acarretados pela crise ambiental e disse esperar que a repercussão internacional do problema traga alguma “razoabilidade” a Bolsonaro. “Espero que ele tenha a razoabilidade, a sobriedade institucional, o equilíbrio, que ele infelizmente não tem demonstrado, espero que essa reação internacional faça com que ele repense, tenha uma postura diferenciada, porque a voz dele tem uma repercussão muito grande. (…) Eu espero que efetivamente ele cumpra o papel de um presidente da República em uma democracia, respeitando as instituições, respeitando a academia, o posicionamento dos cientistas, das universidades, respeitando as ONGs. Ele, infelizmente, de forma irresponsável, criminaliza as ONGs, sem nenhum embasamento”, disse.Ainda segundo o senador, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, deverá ir à Comissão de Meio Ambiente do Senado para falar sobre a exoneração do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão. “Isso foi um assédio moral que aconteceu”, avaliou. DEIXE UMA MENSAGEM Cancel ReplyYou must be logged in to post a comment.