O PDT ameaçou expulsar a deputada Tabata Amaral (SP) se ela confirmar o voto a favor da reforma da Previdência. Em reunião nesta terça-feira (9) com a bancada do partido na Câmara, o presidente do partido, Carlos Lupi, informou que quem apoiar as mudanças nas regras de aposentadoria propostas pelo governo de Jair Bolsonaro será punido com o desligamento.

De acordo com à reforma, a deputada novata lidera um grupo dentro do PDT que também promete acompanhá-la na votação.

O ex-ministro Ciro Gomes chegou a telefonar ontem para Tabata, pedindo para que ela seguisse a determinação da legenda, mas não obteve sucesso.

“Eu fiz um apelo humilde pelo voto dela, para que seja contrário à reforma da Previdência”, disse Lupi. “O governo tem um poder de convencimento que a gente não tem. Nós temos as palavras e eles têm emendas. Eles têm olhos azuis e nós, negros. Então, muita gente usa a Tabata para se proteger da decisão, alguns por convicção e outros por utilidade pública”, justifica.

Ciro, por sua vez, acusa o governo de recorrer ao “toma lá, dá cá” que criticava durante a eleição, a fim de tentar aprovar a reforma da Previdência no Congresso. “Defenderei que o PDT expulse aqueles que votarem contra o povo nesta reforma de Previdência elitista”, escreveu o ex-ministro no Twitter.

Tabata não se posicionou sobre a ameaça de expulsão, no entanto, também por meio do Twitter, ela comemorou o que chamou de “vitória da bancada feminina”: os ajustes na proposta em relação à aposentadoria para as mulheres.

“Hoje nossa luta foi concluída e conseguimos que todo o cálculo da aposentadoria fosse revisto e, agora, as mulheres terão direito a receber 60% do valor do benefício a partir dos 15 anos de contribuição”, publicou a deputada.

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