Em reunião realizada nesta terça-feira (22), as cúpulas do PT, PSOL e PSB defenderam a formação na Câmara dos Deputados de um bloco de partidos de oposição, incluindo também PDT, PCdoB e Rede.

Uma das razões para a formação deste grupo seria fazer uma oposição mais articulada ao governo Jair Bolsonaro, segundo o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. O outro seria garantir espaços na Mesa Diretora, além da preferência de escolha do comando das comissões permanentes, proporcional ao tamanho das bancadas ou blocos.

Considerando as bancadas eleitas em outubro passado, o bloco, se vier a se concretizar, poderia chegar a 136 deputados: PT (56), PSB (32), PSOL (10), PDT (28), PCdoB (9), Rede (1).

“É necessário um esforço conjunto para atrair toda a esquerda e todas as forças políticas que se opõem ou tenham contradições com o governo Bolsonaro, que já demonstra que será desastroso sob o ponto de vista do desenvolvimento do país e regressivo do ponto de vista de costumes e das políticas sociais. Daí porque é importante unir forças para que possamos fazer o enfrentamento e honrar a condição de oposicionistas que os eleitores nos colocaram”, disse o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o objetivo é buscar consenso para formar um bloco com todos os partidos de oposição. Ela explicou que ficou incumbida de conversar com PDT e PCdoB ainda nesta semana e que o PSOL irá procurar a Rede.

“A gente vai buscar isso [consenso]. O nosso objetivo era esse já desde o início e agora começa a se configurar na prática essa possibilidade. Vamos tentar fazer a reunião ainda para essa semana. Eu fiquei com a responsabilidade de conversar com o presidente do PDT, [Carlos] Lupi, e do PCdoB, Luciana [Santos]. O PSOL vai se reunir agora com a Rede”, destacou.

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