O deputado Rosemberg Pinto (PT) teceu duras críticas à Justiça brasileira e classificou como “lamentável” o que ocorreu com o ex-presidente Lula, alvo de um pedido de soltura requerido no domingo (8) pelo desembargador federal plantonista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Rogério Favreto. O pedido, entretanto, foi prontamente negado pelo juiz federal Sergio Moro, para quem o desembargador plantonista não tinha competência para mandar soltar o petista.

“Ontem ficou claro para a sociedade brasileira a perseguição com o presidente Lula. O que se viu foi algo inimaginário. Judiciário totalmente deteriorado. O desembargador toma uma decisão, e um juiz de férias, atendendo interesses que não são da Justiça brasileira, interfere na decisão do desembargador. É lamentável o que nos presenciamos ontem. Vivemos um momento estarrecedor da justiça brasileira”, bradou o deputado durante a sessão desta segunda feira na Alba.

“Demonstra para o mundo que o ex presidente é de fato um preso político”, completou, afirmando ainda que Moro “rompeu os ritos jurídicos que garantem a democracia do Brasil”

O deputado, vice-líder da bancada petista, não poupou nem mesmo a presidente do STF, ministra Cáemen Lúcia “É lamentável que a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lucia, olhe isso de uma forma  cruel, sem se posicionar. Aqui estamos pedindo que ela coloque pra votar sobre a prisão em segunda instância”, pontuou.

Em seu despacho, Favreto determinou a suspensão da execução provisória da pena e a liberdade do petista.

Após manifestação de Moro contra o pedido, o relator dos processos na Lava Jato no TRF-4, desembargador João Pedro Gebran Neto, determinou que a decisão de Favreto não fosse cumprida.

Depois de seguidas reviravoltas ao longo do dia, o presidente TRF-4, Thompson Flores, decidiu manter o ex-presidente preso.

Lula está detido na Superintendência da PF em Curitiba desde o dia 7 de abril deste ano, quando foi condenado a nove anos e seis meses de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).

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