O governador da Bahia, Rui Costa (PT), culpou nesta segunda-feira (7) a gestão do presidente Michel Temer (MDB) por “destruir” em dois anos e meio o que Lula e Dilma Rousseff construíram em oito anos à frente do Palácio do Planalto —ciclo iniciado em 2003 e encerrado em 31 de agosto de 2016, após impeachment da então presidente.

As críticas de Rui foram centradas no que ele chamou de “desmonte” promovido pelo “povo do golpe” no âmbito dos programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida, e na econômia do país— atualmente com 13,7 milhões de desempregados, segundo o IBGE.

“O que levamos oito anos para construir eles estão destruindo em apenas dois anos e meio. Os programas de moradia eles congelaram e paralisaram. Hoje, o que tem de Minha Casa, Minha Vida é o que Lula e Dilma deixaram contratado. Não foi contratado nenhum empreendimento novo”, declarou o governador, durante evento em que autorizou a construção de equipamentos na área de saúde no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas.

“Vi um estudo de um pesquisador que apontou que, em São Paulo, você imagine, em São Paulo, a população da extrema pobreza cresceu nesses dois anos 35%. Extrema pobreza são aquelas pessoas que vivem com menos de R$ 100 por mês. O que mostra o quanto esse povo que deu o golpe é perverso, o quanto eles não gostam do povo mais simples, o quanto eles não gostam do Nordeste. Eu espero muito para que nós, a Bahia e o Nordeste, possamos melhorar a vida do povo, que o Brasil reencontre o seu caminho”, acrescentou Rui, citando como exemplo de descaso a tragédia do prédio Wilton Paes de Almeida, que caiu após incêndio no centro da capital paulista na última terça (1º). Um homem morreu e cinco pessoas estão desaparecidas.

“Fica aquele desejo que a gente possa fazer com que o Brasil se reencontre. Porque, por mais que um prefeito e um governador façam ou tentem fazer, não conseguem superar um país que está paralisado. O povo quer trabalhar. Para gerar emprego neste país, é preciso que o Brasil cresça. Nenhum prefeito, nenhum governador, sozinho, consegue gerar emprego suficiente se o país não estiver crescendo. Este ano, o Brasil tem que encontrar o seu caminho e ter na cadeira de presidente alguém que goste do Nordeste, alguém que goste da Bahia e alguém que tenha como prioridade gerar oportunidade para as pessoas”, completou Rui.

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