Temer não se manifesta sobre eleição da Venezuela na Cúpula de Lima Redação 16 de abril de 2018 Destaque, Política Ao contrário dos líderes da Argentina (Mauricio Macri), Colômbia (Juan Manuel Santos), Chile (Sebastián Piñera) e Panamá (Juan Carlos Varela), o brasileiro Michel Temer não afirmou que o Brasil não reconhecerá as eleições que se realizam na Venezuela no próximo dia 20 de maio.“Trabalhamos com o Grupo de Lima e queremos uma OEA [Organização dos Estados Americanos] cada vez mais atuante para que possa ajudar o povo da Venezuela a reencontrar a trajetória da democracia”, afirmou ele na Cúpula das Américas, na capital do Peru, neste sábado (14) . “Não há espaço na região para alternativas à democracia.”Temer afirmou que o Brasil tem acolhido dezenas de milhares de venezuelanos que buscam condições para vida digna. Segundo ele, o Brasil vem oferecendo ajuda humanitária, mas “é espantoso que, há tempos atrás, tentamos mandar remédios e alimentos e isso nos foi negado pelo governo venezuelano.”O mandatário brasileiro, porém, não mencionou se o Brasil reconhecerá ou não o resultado das urnas venezuelanas, como manifestaram alguns de seus pares.Santos afirmou que a Colômbia não reconhecerá as eleições “porque elas estão desenhadas para maquiar uma ditadura”.Macri foi o primeiro a criticar a Venezuela na abertura da cúpula. “A Argentina vai desconhecer qualquer eleição que surja de um processo desse tipo, não é uma eleição democrática, e a comunidade internacional não pode ficar quieta. Não podemos vir a essa cúpula, dizer que os responsáveis são os outros, e voltar para casa tranquilos. Convido a todos a trabalhar juntos para redobrar esforços para recuperar a democracia neste país.” E acrescentou: “O governo da Venezuela tem de parar de negar a realidade e aceitar a ajuda internacional.”Piñera afirmou que o não reconhecimento por parte do Chile será “porque essa eleição não cumpre os requisitos mínimos de uma eleição democrática”, e Varela, porque “é uma atitude contra o povo venezuelano.” O Paraguai também informou que não reconhecerá as eleições venezuelanas.LULAJá o mandatário boliviano Evo Morales referiu-se ao ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, preso na semana passada, dizendo que “não se pode aprisionar a consciência de um povo. Não existem provas contra Lula. É preciso estar alerta às ameaças a nossos governos. Estão usando o discurso da luta contra a corrupção para atacar os governos populares.”O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, em sua intervenção, disse que “Lula é um preso político e agora a Justiça virou instrumento para derrubar líderes populares”.Morales também disse que condena toda a tentativa de ataques unilaterais à Venezuela e lamenta “que o presidente Maduro não esteja aqui ao nosso lado”. E acrescentou: “a Bolívia exige que se levantem os embargos contra Cuba, que os EUA se retirem de Guantánamo, e que as ilhas Malvinas sejam devolvidas à Argentina”.O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse que o Canadá “seguirá atuando junto aos outros países do Grupo de Lima e em outros fóruns para ajudar a restaurar a democracia à Venezuela”. “É preciso colocar o povo da Venezuela à frente de tudo neste momento”, disse Trudeau. DEIXE UMA MENSAGEM Cancel ReplyYou must be logged in to post a comment.