O governador Rui Costa revelou a intenção de promover a reforma no secretariado antes de viajar para a China no próximo dia 25. O petista não confirma quantas pastas terão o comando trocado, contudo, algumas alterações estão sendo tratadas como certas nos corredores da governadoria.

Desde o ano passado em todas as ocasiões nas quais Rui levantou a possibilidade de trocar secretários, Jorge Portugal, da Cultura, teve o nome especulado. Outra vez mais, o nome do professor aparece na lista de prováveis mudanças.  O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) tenta emplacar João Jorge (PSB).

O problema é que precisa “combinar” com o deputado federal Nelson Pelegrino que também tem uma fatia da secretaria na cota partidária. Este entrave se arrasta há alguns meses e ainda não teve desfecho. O governador Rui Costa topa tirar Portugal da pasta, mas precisa antes distensionar o ambiente e a indicação precisa ser de alguém ligado ao segmento. Portanto, Portugal pode continuar.

Outro secretário que tem o nome especulado em todas as listas de mudanças é Josias Gomes (PT).  O coordenador das Relações Institucionais já esteve em baixa com o governo, subiu e se manteve. Existe um movimento de deputados federais e estaduais que querem a saída de Josias da pasta. Até o momento, Rui – que já foi secretário de Relações Institucionais na gestão de Jaques Wagner e conhece este tipo de pressão – manteve o aliado de primeira hora na cadeira.

Contudo, cresceu nos últimos dias a possibilidade de troca na pasta. O chefe de Gabinete de Rui Costa, Cícero Monteiro é o mais cotado para substituir Josias. O deputado licenciado deve voltar para a Câmara desalojando Robinson Almeida. Este movimento intramuros coloca em pé de igualdade duas das maiores correntes do PT na Bahia. CNB e DS perderiam espaço, mas o argumento de que uma seria beneficiada em detrimento da outra cai por terra.

Cícero não deve ser candidato e este fato arrefece boa parte das queixas dos parlamentares e pretensos candidatos que veem na atuação dentro da Serin, de qualquer um que postule cargo eletivo, uma vantagem “desleal” já que é por lá que passam as pedidas dos deputados, lideranças, prefeitos e vereadores. O varejo todo é atendido pelas Relações Institucionais.

Já Geraldo Reis, do Meio Ambiente, esteve na primeira lista da atual “reforma”, mas, ao que parece, a ausência de um sucessor que preencha os requisitos necessários para uma troca fará com que G2 – como é chamado pelos petistas – permaneça na tarefa dada a ele pelo próprio Rui na última “dança das cadeiras”.

O cargo do deputado estadual licenciado Vitor Bonfim (PDT) na secretaria de Agricultura também está ameaçado. A informação que circula nos corredores é de que o presidente da sigla na Bahia, deputado federal Félix Mendonça, defende a troca, mas não teria indicação para o espaço.

Outros nomes que aparecem na caderneta de Rui e que sairão do governo nesta reestruturação ou no período de desincompatibilização para disputar a eleição são: Walter Pinheiro (Educação), Olivia Santana (Trabalho, Emprego e Esporte), João Leão (Planejamento), Vivaldo Mendonça (Ciência, Tecnologia e Informação), Jaques Wagner (Desenvolvimento Econômico) e Fernando Torres (Desenvolvimento Urbano).

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