Em entrevista na noite dessa segunda-feira (17), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, reafirmou lealdade a Michel Temer e negou interesse em ocupar a Presidência do Brasil, pelo menos agora.

“A longo prazo, é obvio que chegar onde cheguei já me coloca, daqui a duas, três eleições como uma alternativa [à Presidência], mas, a curto prazo, acho que a presidência da Câmara [dos Deputados] já me dá a possibilidade de realizações que eu nunca imaginei que eu pudesse realizar”, ponderou Maia.

Em entrevista ao jornalista Roberto D’ávila, na Globo News, Maia contou que todo dia é “cobrado pela mãe” por mensagem para “não conspirar” contra Temer. “Uma coisa é o presidente da Câmara, outra coisa é o deputado eleito pelo DEM que apoia o governo do presidente Michel Temer. Esse deputado será leal sempre. Agora, o presidente da Câmara vai ser o presidente da instituição e árbitro do jogo. Então, a minha distância do governo nesse momento e a Constituição e o Regimento da Casa são aqueles escritos que eu vou respeitar nesse processo.”

Ele também falou sobre a manobra política na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que garantiu a recusa da denúncia contra Michel Temer, depois que o Planalto conseguiu trocar vários membros do colegiado.

“A oposição poderia ter pedido ao Supremo [Tribunal Federal] o rito do impeachment. Não pediu. Então, o risco de ter usado o rito do regimento, que era com a possibilidade de trocar membros, disso ninguém reclamou. Então, a partir do momento em que a oposição decidiu que aquele era o rito correto, que era o melhor para a oposição naquele momento, então foi jogo político”, frisou Maia.

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