Um anexo da delação do empresário Joesley Batista, sócio do grupo JBS, reúne os fatos relatados por ele que foram “corroborados por elementos especiais de prova”. O documento foi divulgado na madrugada desta sexta-feira (19) pelo site O Antagonista  e cita pagamentos ao presidente Michel Temer desde 2010.

Conforme o anexo, Joesley o conheceu por meio de Wagner Rossi, quando este assumiu o Ministério da Agricultura, em abril de 2010. Rossi revelou que a Joesley que era afilhado político de Temer e que operava com ele no Porto de Santos. Poucas semanas depois de se conhecerem, Rossi levou o empresário ao escritório de Temer na Praça Panamericana, em São Paulo, e os apresentou. Temer e Joesley trocaram telefones celulares e “passaram a manter o relacionamento pautado por interesses comuns”. Foi ainda em 2010 que Temer pediu e Joesley concordou com o pagamento de R$ 3 milhões em propina, sendo R$ 1 milhão por meio de doação oficial e R$ 2 milhões para a empresa Pública Comunicações, registrado nas notas fiscais número 149 e 155. Em agosto e setembro – Temer era candidato a vice na chapa da ex-presidente Dilma Rousseff – houve novo pagamento: R$ 240 mil à empresa Ilhas Produções, registrado nas notas fiscais 63, 64 e 65. Ainda de acordo com o depoimento, Joesley se encontrou com o peemedebista em ao menos 20 vezes, seja no escritório em São Paulo, em seu escritório de advocacia, na residência de Temer ou ainda no Palácio do Jaburu.

 

Fonte: G1

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