Em abril, a Bahia contabilizou um saldo positivo de 7.192 postos de trabalho com carteira assinada. Este dado foi baseado na pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistematizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a partir da diferença entre o total de 47.143 admissões e 39.951 desligamentos.
O resultado representa uma forte recuperação na geração de empregos do estado, uma vez que em igual período do ano anterior o saldo foi negativo (-3.022 postos), assim como em março de 2017 (-2.920 postos). Trata-se de primeira ocorrência positiva após 24 meses de saldos negativos, com as declarações fora do prazo.
Segundo o diretor de Pesquisas da SEI, Armando Castro, o resultado coloca a Bahia como o terceiro estado que mais gerou emprego no Brasil no mês de abril. “Isso é consequência, principalmente, de um ambiente favorável. Não coincidentemente, estados com péssima situação fiscal e baixo investimento público estão nas últimas colocações em geração de emprego. A Bahia, ao contrário, mantém boa saúde financeira e importantes investimentos públicos. Esses investimentos terminam tendo impacto por toda economia local”, analisa o diretor.
Setorialmente, em abril, cinco segmentos contabilizaram saldos positivos: agropecuária (+3.749 postos), serviços (+2.330 postos), indústria de transformação (+1.139 postos), administração pública (+472 postos) e serviços industriais de utilidade pública (+159 postos). Por outro lado, três setores desligaram trabalhadores celetistas: construção civil (-503 postos), extrativa mineral (-101 postos) e comércio (-53 postos).
No acumulado dos últimos quatro meses, cinco setores de atividade registraram saldos positivos. Entre eles, o maior saldo foi o de agropecuária, extrativa vegetal, caça e pesca (+5.059 postos), administração pública (+2.514 postos), indústria de transformação (+2.199 postos), serviços industriais de utilidade pública (+1.554 postos) e serviços (+171 postos). Em contrapartida, comércio (-4.863 postos), construção civil (-4.257 postos) e extrativa mineral (-222 postos) apresentaram saldos negativos.
Análise regional 
Em relação à geração de empregos, a Bahia (+7.192 postos) ocupou a primeira posição no saldo de postos de trabalho entre os estados nordestinos e a terceira posição no Brasil em abril de 2017. Na Região Nordeste, além da Bahia (+7.192 postos), apenas o Piauí (+225 postos) apresentou resultado positivo. Entre os sete estados com saldos negativos, o pior desempenho foi o de Alagoas (-4.008 postos), seguido por Pernambuco (-1.169 postos), Maranhão (-1.159 postos), Rio Grande do Norte (-921 postos), Ceará (-675 postos), Paraíba (-532 postos) e Sergipe (-72 postos).
No acumulado dos últimos quatro meses, a Bahia apresentou um saldo de emprego da ordem de +2.155 postos de trabalho, isso levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. Este resultado fez com que a Bahia ocupasse a nona posição no país e o primeiro lugar no Nordeste no que diz respeito à geração de empregos.
Todos os outros estados nordestinos encerraram postos celetistas de janeiro a abril de 2017. Na última posição está Pernambuco (-34.543 postos), seguido por Alagoas (-32.489 postos), Ceará (-12.170 postos), Paraíba (-9.873 postos), Maranhão (-7.243 postos), Sergipe (-6.576 postos), Rio Grande do Norte (-5.502 postos) e Piauí (-756 postos).
RMS e Interior
Analisando os dados referentes aos saldos de empregos distribuídos no estado, em abril de 2017, constata-se que o resultado do emprego foi positivo na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e no interior. Foram criados 1.098 postos de trabalho na RMS e 6.094 posições celetistas no interior. Quanto ao saldo de emprego de janeiro a abril de 2017, somente a RMS (-6.530 postos) encerrou postos de trabalho com carteira assinada. A criação de postos ocorreu no interior (8.685 postos).
Análise municipal 
Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes que tiveram os maiores saldos de empregos, em abril de 2017, ressaltam-se Itamaraju (+1.305 postos), Eunápolis (+1.087 postos) e Salvador (+713 postos). Em contrapartida, Simões Filho (-324 postos), Guanambi (-113 postos) e Ipirá (-108 postos) fecharam posições de trabalho formal na Bahia.
“Sendo mais preciso, destacamos o cultivo de café e o cultivo de uva na agricultura e o setor de fabricação de álcool na indústria como principais motivadores da geração de emprego em abril. No entanto, o setor de serviços também foi significativamente positivo, com a geração de emprego distribuída entre muitos de seus subsetores”, afirma Castro.
Fonte: Secom/BA/SEI

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