O influenciador Samuel Sant’Anna da Costa, conhecido como Gato Preto, será investigado por tentativa de homicídio com dolo eventual após um acidente de trânsito na manhã de 20 de agosto, na avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. O caso, que antes era tratado como lesão corporal, agora tramitará na Vara do Júri, conforme pedido do Ministério Público, aceito pela Justiça. Isso significa que, se denunciado e tornar-se réu, ele poderá enfrentar um júri popular.

De acordo com a promotora Ana Paola Ferrari Ambra, Gato Preto desrespeitou um semáforo vermelho enquanto dirigia seu Porsche em alta velocidade. A promotora também afirmou que o influenciador estava sob efeito de álcool e drogas, conforme um exame toxicológico realizado.

A defesa do influenciador não foi localizada para comentar o caso. Em declarações anteriores, os advogados mencionaram que o laudo que indica a ingestão de álcool é apenas um dos elementos considerados na investigação. Eles também alegaram que algumas informações divulgadas sobre o laudo estão distorcidas e que estão prontos para apresentar provas necessárias.

O acidente envolveu Gato Preto e um outro veículo, onde estavam pai e filho. Uma das vítimas precisou ser hospitalizada devido a uma fratura na mandíbula. No momento do acidente, Gato Preto estava acompanhado da influenciadora Bia Miranda, e ambos deixaram o local com a ajuda de seguranças antes da chegada da polícia, levando alguns pertences do carro.

Conforme o Ministério Público, ao sair do veículo, Gato Preto demonstrou comportamento alterado e, inicialmente, teria dado risada do acidente, além de ter agido de forma agressiva. Ele foi preso algumas horas depois, encontrado em sua residência.

Uma das vítimas relatou que o influenciador teria ameaçado seu pai. A investigação está buscando imagens de câmeras de segurança de uma casa noturna onde Gato Preto esteve antes do acidente, além de detalhes sobre sua consumação no local.

A Polícia Civil agendou um depoimento com o influenciador para setembro, mas ele não compareceu ao 15º DP (Itaim Bibi), que cuida do caso.