Ator e influenciadora são presos por suspeita de fraudar chaves Pix para desviar doações para o RS Redação 13 de junho de 2024 Destaque, Notícias, Polícia, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS Um ator e uma influenciadora, ambos de 50 anos, foram presos nesta quinta-feira (13) em Fortaleza por suspeita de fraudar chaves Pix para desviar doações que seriam destinadas às vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul.Conforme as investigações da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o casal criou 235 chaves Pix distintas para fraudar diversas campanhas de arrecadação de donativos. Apenas durante o mês de maio, os suspeitos criaram chaves novas todos os dias.A polícia informou que o casal é formado por um ator que se apresenta como comediante e se define como “recitador, interessado em cinema e TV”; e uma influenciadora digital, com mais de 26 mil seguidores na rede social, que afirma ser apresentadora de rádio e atriz de uma série televisiva.Conforme a polícia, o casal alegou que havia praticado os atos por conta de dificuldades financeiras. Ainda de acordo com informações, eles criavam contas bancárias com documentos falsos, em seguida, procuravam nas redes sociais campanhas que realmente tinham finalidade de arrecadar dinheiro para vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul e com as contas falsas, eles criavam centenas de chaves Pix. Logo depois, o casal divulgava campanhas de doações reais, mas alterando a chave Pix para que o dinheiro caísse na conta deles.Normalmente, os suspeitos alteravam apenas um dígito da chave verdadeira, induzindo os doadores ao erro para desviar os valores de contribuições quando as vítimas se equivocassem em algum dos dígitos.Entre as campanhas que foram lesadas pelo casal estão as das influenciadoras digitais Paola Saldívia e Deise Falci, em que os golpistas alteraram apenas um dígito das chaves a fim de induzir a erro possíveis contribuintes de boa-fé.As duas influenciadoras, que tinham a finalidade de arrecadar valores para serem destinados ao cuidado de animais resgatados das enchentes, notaram que vários seguidores reportaram um destinatário diverso do anunciado na campanha. Com isso, a polícia passou a investigar o caso.OPERAÇÃOA operação leva o nome de “Doppelganger”, que remete ao folclore alemão e significa “duplo ambulante” e é utilizado para denominar pessoas idênticas e com mesmas características.A ação, que conta com apoio operacional da Polícia Civil do Ceará, faz parte de mais uma fase da Operação Dilúvio Moral, que tem o objetivo de reprimir práticas criminosas virtuais que se utilizem da atual situação do Rio Grande do Sul com o fim de obter vantagens de qualquer natureza.De acordo com o g1, até o momento, o grupo de Delegados e Agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) já analisou mais de 60 casos. Destes, cerca de 70% já foram concluídos, resultando na instauração de mais de 30 inquéritos, além de investigações em andamento a fim de responsabilizar os identificados.Dentre os casos analisados, preliminarmente já foi possível a retirada do ar de 71 páginas, contas e publicações criminosas, criadas com o fim exclusivo de induzir a erro a população em geral, o que impediu um enriquecimento ilícito de dezenas de milhares de reais.