Lindbergh Farias critica arquivamento de processo e fala em “bancada de foragidos” na Câmara Redação 3 de dezembro de 2025 Destaque, Notícias, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta terça-feira (2) que a Casa estaria formando uma espécie de “bancada de foragidos”, com parlamentares exercendo mandato no exterior — situação que, segundo ele, representa um “grande escândalo” para a sociedade. A crítica foi feita após o relator da CCJ, Diego Garcia (Republicanos-PR), apresentar parecer contrário à cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP).Zambelli está presa na Itália, onde cumpre pena de dez anos de prisão pela acusação de ter comandado a invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O relator, porém, recomendou o arquivamento do processo de perda de mandato.Com o pedido de vista, o presidente da CCJ, Paulo Azi (União-BA), adiou por duas sessões a análise do relatório.Lindbergh informou que a bancada do PT ingressou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a perda do mandato de Zambelli seja declarada imediatamente, em cumprimento à decisão judicial já proferida.“É um escândalo o relator pedir o arquivamento do caso Zambelli. Ele não quer cassar a deputada. O Conselho de Ética já absolveu Eduardo Bolsonaro e agora querem seguir pelo mesmo caminho com Zambelli, que tem duas condenações com trânsito em julgado e está presa na Itália. É a bancada de foragidos”, declarou o petista.No relatório de 148 páginas, Diego Garcia afirma que não há provas suficientes de que Zambelli comandou a invasão aos sistemas do CNJ. Ele sustenta que a condenação teria se baseado exclusivamente no depoimento do hacker Walter Delgatti, cuja versão, segundo o relator, teria mudado diversas vezes. Para Garcia, não existem elementos adicionais que fundamentem a perda do mandato.Enquanto isso, parlamentares do PL trabalham para garantir votos favoráveis ao arquivamento da cassação. À frente da articulação, a deputada Bia Kicis (PL-DF) defende que Zambelli foi vítima de “perseguição” do Judiciário e afirma que não há justificativa para retirar o mandato conquistado nas urnas.