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O Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), da Polícia Civil de São Paulo, efetuou na quinta-feira (3) a prisão de um homem suspeito de envolvimento no ataque hacker que resultou no desvio de milhões de reais de contas de reserva de instituições financeiras ligadas ao Banco Central (BC). O caso, que veio à tona na quarta-feira (2), causou grande repercussão no setor financeiro.

Segundo as investigações, o indivíduo detido é funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviços ao Banco Central. A suspeita é que ele tenha fornecido credenciais de acesso a sistemas sigilosos, viabilizando a ação dos hackers. Em depoimento informal à polícia, o homem teria admitido ter entregado sua senha a terceiros envolvidos no crime.

O ataque teve como alvo a C&M Software (CMSW), uma empresa de tecnologia da informação responsável pela conexão de bancos menores ao sistema do PIX e ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). A C&M informou ao BC que suas infraestruturas digitais foram alvo de um ataque cibernético, o que permitiu o acesso indevido a contas de reserva de, pelo menos, seis instituições financeiras.

As contas de reserva são ferramentas essenciais para as instituições financeiras em suas movimentações com o próprio Banco Central, abrangendo desde empréstimos de liquidez e aplicações em títulos públicos até depósitos compulsórios. Elas funcionam como uma garantia de segurança para as operações diárias das instituições.

Embora o Banco Central não tenha divulgado oficialmente a lista das instituições afetadas nem os valores exatos desviados, fontes do setor financeiro estimam que os prejuízos possam ultrapassar a marca de R$ 800 milhões.