O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (12) que o presidente Lula (PT) tem apoiado as decisões da área econômica.
 

“O presidente não tem faltado, tem chancelado decisões tomadas pela área econômica, no sentido de construção de uma economia robusta e sustentável”, disse o ministro durante reunião do chamado Conselhão, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e Sustentável.
 

Haddad afirmou que a área econômica tem atuado “sem a ansiedade que muitas vezes nos assombra de querer resolver tudo na emoção”.
 

“Resolvemos muita coisa neste ano, tem muita coisa para resolver ainda, temos de ter projeto consistente no tempo consistente também, para não perder de vista a sustentabilidade desse projeto”, declarou.
 

“Se correr atrás de resultados fáceis, não vamos ter a consistência necessária para governar o país com economia saudável do ponto de vista fiscal, social e ambiental.”
 

As declarações foram feitas no momento em que a política econômica conduzida pelo ministro da Fazenda é mais uma vez alvo de controvérsia dentro do PT. Uma ala do partido tentou suprimir de um documento oficial da sigla a crítica ao que é visto como um “austericídio” em execução pelo governo Lula —mas a expressão foi mantida.
 

Com isso, o partido torna oficial a crítica à política de reequilíbrio fiscal defendida por Haddad. Recentemente, o ministro convenceu o restante do governo a manter a meta de zerar o déficit público em 2024, o que gerou contrariedade entre integrantes do partido.
 

Haddad disse, na reunião do Conselhão, que o Brasil deve apresentar resultado econômico melhor em 2024 e deve se beneficiar da melhora na economia global. Afirmou ainda que o mundo vai perceber políticas monetárias diferentes no próximo ano. “A atual é de arrocho.”
 

O ministro também afirmou que o Congresso tem sido “atencioso” e que o governo ainda tem medidas econômicas importantes para aprovar na Câmara e no Senado. “Quero crer que essas medidas são fundamentais para que consigamos aprovar o Orçamento de 2024 mais equilibrado do que foi aprovado no ano passado”, disse o ministro.