Rei Felipe VI da Espanha, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, o presidente da Armênia, Khachaturyan Vahagn, os presidentes do Paraguai, Santiago Peña, do Uruguai, Luis Lacalle Pou, do Chile, Gabriel Boric, e do Equador, Daniel Novoa, além do ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Esses são alguns dos convidados que já confirmaram sua presença no evento de posse do novo presidente argentino, Javier Milei.

A posse acontecerá no próximo domingo (10), em Buenos Aires, e os organizadores do evento anunciam uma solenidade austera e sem maiores pompas. A intenção do novo presidente é a de transmitir ao mundo a ideia de que a Argentina, que vive difícil momento em sua economia, não está esbanjando dinheiro com banquetes ou bailes de gala. 

As quase 40 delegações confirmadas até agora, compostas por chefes de estado e representantes de embaixadas e organismos internacionais, vão presenciar no Congresso argentino a transferência de atributos presidenciais a Milei. Ao contrário do que aconteceu recentemente no Brasil, o atual presidente, Alberto Fernández, passará a faixa presidencial a Javier Milei diante dos deputados e senadores, além dos governadores, membros do Supremo Tribunal Federal e convidados especiais.

Depois da posse no Congresso, Milei se dirigirá para a Casa Rosada. Na Sala Branca, o novo presidente tomará juramento aos seus oito ministros.

Após a posse, alguns líderes internacionais terão reuniões bilaterais com o novo presidente, entre eles, o rei Filipe da Espanha, o presidente armênio e o primeiro-ministro húngaro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não comparecer à posse de seu novo colega argentino. Apesar de Milei ter chamado Lula de corrupto e descartado qualquer reunião caso fosse eleito, após a eleição, o argentino recuou e enviou um convite formal para que o presidente brasileiro participasse da cerimônia.

De acordo com Igor Gadelha, Lula teria optado por enviar apenas o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, como seu representante. Auxiliares dizem que Lula avaliou que não haveria clima para ele próprio comparecer à posse, após ser xingado por Milei durante a campanha. 

Além do ministro Mauro Vieira, o Brasil estará representado extraoficialmente por uma comitiva liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O grupo brasileiro contará ainda com os irmãos Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), além da ex-primeira-dama Michelle e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

A comitiva de Bolsonaro na Argentina pode vir a contar ainda com cerca de 30 deputados federais, quatro deputados estaduais e cinco senadores. Os governadores Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, também se programam para ir à posse de Milei.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi convidado para a posse por Milei em conversa telefônica que tiveram dias após o segundo turno. Entretanto, a delegação americana do dia 10 de dezembro será integrada pela Secretária de Energia daquele país, Jennifer Granholm, e pelo Embaixador Marc Stanley.

Também não estará presente na solenidade de posse do novo presidente argentino o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em conversa por telefone com o presidente eleito há alguns dias, o ex-presidente republicano disse ser fã de Milei, deu seus parabéns pela vitória sobre o candidato Sergio Massa, e prometeu-lhe uma breve visita. Essa ida de Trump à Argentina, no entanto, não se dará na posse do novo presidente.

Os presidentes de Cuba, Venezuela e Nicarágua não foram convidados para a posse de Javier Milei. Já o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o brasileiro Ilan Goldfajn, é aguardado na Argentina no dia 10 de dezembro. Também está sendo esperado na posse o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen.