O prefeito de Salvador, ACM Neto, afirmou ontem (23) que não descarta a possibilidade de fechar lojas de rua e outros estabelecimentos da capital baiana para barrar o avanço do novo coronavírus na cidade. A declaração foi dada durante o anúncio do decreto que determinou o fechamento dos salões de bares e restaurantes a partir de amanhã (25).

“Agora, a única coisa que resta aberta é o comércio de rua. Nós estamos avaliando. Como venho dizendo, as medidas são tomadas de acordo com os protocolos e com as evidências fáticas. Se percebermos que a manutenção do comércio de rua em funcionamento é incompatível com a regra que estabelecemos de limite de pessoas transitando nas ruas, nós vamos fechar o comércio de rua da mesma forma. Essa medida está sendo analisada”, afirmou.

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindloja), Paulo Motta, a Covid-19 fez com que o faturamento pós-carnaval caísse cerca de 70%. “Esse ato do prefeito traz as preocupações sobre as capacidades das empresas funcionarem e com os empregos dos trabalhadores. Compreendemos que existem prioridades por conta desse vírus, mas existe o risco de superarmos o vírus e ficarmos sem negócios. As atividades econômicas estão ficando cambaleadas. Estamos sem perspectiva de como vai ficar a situação na cidade, no estado, e no país”, disse, em entrevista ao jornal Correio.

Atualmente, há cerca de 12 mil lojas em Salvador, que empregam aproximadamente 122 mil trabalhadores.

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