O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas Boas, afirmou, hoje (16), em entrevista à Rádio Metrópole, que é preciso ter “equilíbrio” em relação às medidas de combate ao coronavírus.

Na avaliação do titular da pasta, a situação epidemiológica do estado é diferente da observada em São Paulo e no Rio de Janeiro. Assim, para ele, não seriam necessárias medidas como o fechamento de escolas, determinado pela prefeitura de Juazeiro, no norte do estado, na última sexta (13). Na capital baiana, unidades públicas e particulares suspenderam as atividades.

“O Nordeste ainda só tem casos de transmissão importada ou dita local familiar, que é quando você é capaz de identificar exatamente aquela pessoa que foi o foco do contágio, diferentemente da transmissão comunitária, que você não sabe dizer de quem você pegou. Acho que nós temos que balancear, ter um equilíbrio entre medidas mais restritivas, que vão afetar as pessoas nos seus direitos individuais, na vida cotidiana, e as medidas que sejam efetivamente necessárias para proteger a saúde da população. (…) Semana passada, sexta-feira, Juazeiro tomou a decisão de fechar as escolas todas por uma semana. Qual a importância epidemiológica disso? Vai reabrir semana que vem, tendo mais casos? Quando se tiver que tomar uma decisão, ela tem que ser tomada sabendo que há um impacto de proteção. Não vamos ter nenhum receio de tomar medidas mais radicais na hora em que elas forem necessárias. Pode ser que hoje de tarde a gente decida que vai fechar escolas”, disse.

Vilas Boas assegurou que o Laboratório Central do Estado da Bahia (Lacen) tem a estrutura necessária para realizar testes de coronavírus com resultado rápido, em até quatro horas, e explicou que o governo está estudando medidas para proteger a população.

“Nós criamos um comitê de emergências expandido aqui na Bahia, e eu coloquei nele as secretarias de Educação, Trabalho e Ação Social, Segurança e outros órgãos. Cada um tem trabalhado em planos de contingência nas áreas que lhe são afetadas. Transportes, pessoas idosas, presidiários, trabalhadoras do lar… Todas essas ações trazem impactos que se multiplicam muito além da nossa imaginação. (…) Estamos desestimulando todos os eventos com mais de 50 pessoas. Quanto aos que já estavam programados, deve-se avaliar o cancelamento ou suspensão”, afirmou.

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