O presidente do bloco afro Ilê Aiyê, Vovô do Ilê, afirmou, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (11), que não tinha porque não colocar Bruno Reis como integrante do júri da última edição da Noite da Beleza Negra, no domingo (9), já que a prefeitura foi uma parceira da agremiação. O vice-prefeito de Salvador acabou sendo vaiado por um grupo durante o evento.

“A festa continua e isso (vaia) acontece em vários setores. Também já cheguei em ambiente e tomei vaia. Sempre tem uns grupinhos, ainda mais nesse período politico. Quero parabenizar Bruno pela atitude dele, que ficou na dele e cumpriu. Não tinha porque não colocar ele no júri, porque é praxe no Ilê, quando você tem algum parceiro…. Sempre o juri é composto por uma parte técnica de profissionais da dança e Bruno é meu parceiro. A prefeitura é uma parceira do Ilê Aiyê”, disse.

A Noite da Beleza Negra também recebeu apoio do governo estadual por meio do programa Fazcultura, que dá incentivos fiscais , com isenção de ICMS.

Vovô considera que, nesse momento político, em que Bruno é pré-candidato à prefeitura, assim como o próprio Vovô, alguns grupos vão agir de maneira mais radical.

“Tem que entender que, nesse momento político, tem esse pessoal mais radical, que vai para agitar. Muitos deles não fazem nada e não contribuem. Política é isso e o cara tem que estar preparado e equilibrado, que ninguém é unanimidade. Eu sou muito respeitado, mas não sou unanimidade nem no Curuzu”, declarou.

O presidente do bloco também justificou que o Ilê ficou de fora do edital Carnaval Ouro Negro, do governo estadual, porque não atendeu às condições que foram solicitadas.

“O Ilê não preencheu os requisitos. São as regras, tem que respeitar. Não tem problema de ficar se queixando e dizendo que foi isso ou aquilo. Fomos nós que entregamos o documento irregular e não passou. Pelo regulamento, não foi aceito e vamos partir para outra”, declarou.

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