O Ministério da Saúde registra que, no Brasil uma mulher é agredida por um homem a cada quatro minutos e, por sorte, sobrevive. Em 2018, foram registrados mais de 145 mil casos de violência (física, sexual, psicológica e de outros tipos) em que as vítimas sobreviveram. As informações são uma reportagem publicada pela Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (9).

De acordo com a publicação, os números inéditos são do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), e se tornaram públicos via Lei de Acesso à Informação. A reportagem afirma ter analisado 1,4 milhão de notificações recebidas entre 2014 a 2018.

Ainda segundo a reportagem, toda vez que uma mulher procura um serviço de saúde, e o agente identifica que ela sofreu algum tipo de violência, é obrigado a notificar o caso às secretarias de saúde. O mesmo ocorre para violências sexuais, independentemente do gênero, e violências contra crianças e idosos, entre outros casos. Essas informações compõem o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes.

No entanto, o número não contabiliza mulheres assassinadas, pois elas não são objeto do mesmo tipo de notificação. De acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 2017 foram registrados 4.396 assassinatos de mulheres no país.

Segundo a Folha, há alto índice de subnotificação, mesmo com a obrigação legal do registro. Isso significa que o número de agressões pode ser ainda maior.

A reportagem destaca que, nos últimos anos, houve um aumento considerável nos casos de violência física, psicológica e sexual e há uma tendência de que o crescimento se manteve ano após ano. ?Um exemplo é a violência sexual que reregistrou um aumento de 53% no período. Para este tipo de agressão, sete em cada dez vítimas têm até 19 anos.

Segundo o último Atlas da Violência, do Ipea, com dados de 2017, houve um registrou recorde na taxa de mortes de mulheres, chegando a 4,7 assassinatos a cada 100 mil habitantes.

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